Claro faz upgrade de metade da rede para 4,5G
Decidida a perseguir a liderança na telefonia móvel, a Claro está investindo fortemente na modernização de sua rede. Até dezembro deste ano, vai trocar toda a eletrônica de 7 mil sites e implantar mais 2 mil para que possa oferecer, em 11 regiões metropolitanas, o 4,5G, com velocidade média de 300 Mbps. Hoje, tem rede 4,5G só em Brasília. As próximas ativações serão em São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Salvador, São Luís e Campinas.
Ao falar sobre a preparação da rede da operadora para oferecer as funcionalidades do 4,5G, Paulo César Teixeira, CEO da Claro, disse que para se perseguir a liderança é preciso ter qualidade. “E é nisso que estamos investindo. Qualidade da rede e mais funcionalidades proporciona melhor experiência para o cliente”, observou. Mas como não há experiência do cliente sem terminais preparados para operar com o 4,5G, Teixeira observou que a Claro vem desafiando os fabricantes a trazerem para o Brasil aparelhos com os chipsets mais modernos.
Até o momento, a operadora já homologou três aparelhos para operar com a rede 4,5G. Um deles é o S8 da Samsung que segundo o presidente da empresa no Brasil, Antonio Quintas, está passando por atualização do software para a rede da Claro. Outro é o Z2Force da Motorola. Mas ambos são equipamentos entre R$ 3 mil e R$ 4 mil, da linha Premium. “Minha expectativa é de que, com o aumento da demanda das operadoras em todo o mundo por mais aparelhos 4,5G, modelos para outras faixas cheguem ao mercado”, observou.
Mais funcionalidades
O esforço da Claro para modernizar sua rede é muito significativo. Afinal, ela está preparando para a tecnologia 4,5G 9 mil sites, ou seja, quase metade de sua base de 18,5 mil sites. Se o investimento em equipamentos de última geração é grande, Teixeira disse que a modernização traz economias substanciais em redução do espaço ocupado, de energia consumida e, principalmente, de manutenção.
Para chegar ao desempenho de 4,5G, os sites precisam agregar três funcionalidades diferentes dos sites 4,6 convencionais, como relatou André Sarcinelli, diretor de Engenharia da Claro. No lugar do uso de uma única frequência, várias frequências (agregação de portadora); em vez de modulação em 64QAM, modulação em 256QAM, que permite maior eficiência espectral, transmitindo mais bits de dados a cada tempo; e Mimo 4×4 (Multiple inputs multiple outputs), recurso que permite que o enlace der transmissão entre a tore e o smartphone seja feito utilizando quatro antenas de transmissão e quatro de recepção.
Com essas funcionalidades, de acordo com Sarcinelli, a velocidade de transmissão é multiplicada por dez em relação ao 4G tradicional, e bem mais elevada que o chamado 4G+, que fica no caminho entre o 4G e o 4,5G. Com o 4,5G chega-se a 300 Mbps contra 150 Mbps com agregação de portadora.
De acordo com as informações colhidas pelo aplicativo da Open Signal, que muitos usuários têm em seu celular para verificar o desempenho de sua operadora, e citadas por Teixeira, a Claro apresentou o melhor desempenho em 4G nos últimos seis meses, com média de 27,45 Mbps. A mesma performance se repete em cinco regiões metropolitanas.
O CEO da Claro credita esse performance aos investimentos que já foram feitos na rede em backbone e backhaul. “91% das nossas radiobases já estão interligadas em alta capacidade”, informou. A essa iniciativa se somam agora a modernização dos 7 mil sites e a instalação dos novos.
Mais conteúdo
Para estimular seus clientes a usarem as novas funcionalidades, a Claro também vem investindo em novos pacotes e mais conteúdo. A iniciativa mais disruptiva do ano foi a oferta de voz ilimitada para qualquer operadora, hoje disseminada para todos os planos: pós, controle e pré. A essa iniciativa se somou oferta com mais dados e conteúdo: Claro Música e Claro Vídeo.
E se a oferta de voz e dados, o cliente adiciona vídeo, como observou Marcio Carvalho, diretor de Marketing, ele tem direito ao dobro da franquia de dados na internet e direito ao Now no celular.