Cisco quer reserva de frequência para WiFi 6

Empresa defende que offload das redes móveis através do WiFi continuará mesmo com a chegada da 5G, e pede a faixa de 6 GHz

A Cisco foi outra fabricante de equipamentos de rede que enviou manifestação para a consulta pública feita pelo MCTIC a respeito da estratégia brasileira de redes 5G. A empresa usou a oportunidade para defender a reserva de espectro não licenciado que poderá, defende, ser usado por equipamentos WiFi 6.

“É fundamental que a política pública a ser adotada para viabilizar a adoção do 5G no Brasil leve em conta a natureza complementar que o WiFi 6 traz para essa tecnologia”, afirma a Cisco em sua contribuição. A empresa é uma das produtoras de roteadores compatíveis com o padrão WiFi 802.11ax (ou WiFi 6).

A companhia defende que o WiFi continuará a ser usado para offload de dados das redes móveis, mesmo com o advento da 5G. Por isso, cobra mais espectro para seu uso, acima dos 5 GHz. “Em termos de alocação possível para Wi-Fi 6, chamamos atenção à banda de 6 GHz, 5925-7125 MHz, que é particularmente adequada para uso não licenciado expandido devido à sua proximidade com a banda de 5 GHz”, traz. Atualmente, parte desta faixa é destinada a serviços ponto a ponto, podendo ser usada por operadoras para levar telefonia fixa a áreas remotas.

Diz a Cisco, ainda, que caso a faixa seja liberada para uso não licenciado, poderia ser rapidamente aproveitada devido à proximidade da 5 GHz, já usada hoje em dia em muitos roteadores. “Essa proximidade espectral também facilitará a integração de rádios de 6 GHz em produtos ao lado de rádios de 5 GHz, permitindo que as redes de 5 GHz e 6 GHz sejam implementadas de maneira transparente simultaneamente”, completa.

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Rafael Bucco

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