Caem as fronteiras para a indústria de cartões

Para Boanerges Freire, fundador da Boanerges & Cia Consultoria, Beyond cards, beyond payments, financial service levarão os bancos a chegar em serviços de valor agregado
Caem as fronteiras da indústria de cartões. Crédito-5x5-TEC-Summit-2022
O consultor prevê o ingresso do sistema financeiro na oferta de SVA. Crédito-5×5-Tec-Summit-22

Ao longo dos anos, a indústria de cartões vem expandindo suas fronteiras, com lançamentos de novos serviços para além dos pagamentos. Durante evento 5×5 TecSummit, organizado pelos sites Convergência Digital, Mobile Time, Telesíntese, Teletime e TI Inside e que aconteceu nesta quinta-feira, 8, voltado para o setor de finanças, Boanerges Freire, fundador da Boanerges & Cia Consultoria, explicou que é preciso não só falar sobre além dos pagamentos, mas dar um passo atrás e abordar o tema além dos cartões.

Freire acredita que essa indústria de cartões quebra as fronteiras ao aportar uma série de serviços de valor agregado (SVA) a seus clientes diretos ou aos clientes de clientes. Esses serviços vão apoiar o aumento nas vendas, melhorar processos de gestão, aportar conhecimento, tecnologia, infraestrutura para gerir melhor o negócio e levar inteligência de mercado. “É um leque enorme que vai além dos serviços financeiros. Beyond cards, beyond payments, financial services… até chegar em serviços de valor agregado”, explicou.

Mas quais seriam as motivações para levar uma empresa de serviços financeiros e ampliar o portfólio de serviços dessa maneira? Freire cita algumas. A primeira delas é uma mudança profunda e estrutural no cenário que chegou com a regulação, abrindo espaço para novas possibilidades até então inexistentes. Outro ponto é a concorrência mais intensa com fintechs e neo bancos, que acabam gerando queda de margens de negócios que antes eram lucrativos. “Vem da regulação, mas vem também com a oferta e a demanda”, disse.

“Existem muitas oportunidades (a partir da regulação), mas também muitas ameaças para quem tenha se cristalizado no passado, no tradicional. Escolher como fazer, o que fazer e para onde se encaminhar é o grande desafio. E o beneficiado é o usuário final. Estamos entrando em uma nova era de serviços financeiros no Brasil”, disse.

A partir desse novo cenário, a rentabilização não deve mais acontecer no meio de pagamento em si, mas em outros produtos e serviços criados para atrair o cliente. O pagamento seria um meio de atração desse cliente e fidelizá-lo. E isso vai exigir uma nova postura dessas companhias. A solução é entender melhor os públicos, conhecer o cliente para atender de forma diferenciada cada um dos nichos, de maneira sustentável e relevante tanto para pessoas físicas como jurídicas. A ideia é ser um provedor de serviços, na visão de Freire.

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Da Redação

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