Brisanet prevê conquistar 25% do mercado móvel das capitais
A ativação do 5G (e do 4G) da Brisanet está em fase avançada e, segundo seu CEO e fundador, José Roberto Nogueira, vai causar impacto e atrair muitos clientes frustrados com o serviço das rivais. Em fala nesta manhã para analistas de mercado, ele disse que o impacto no interior do Nordeste será gigantesco por conta da melhor qualidade que, diz, a sua rede terá. Mas ressaltou que, mesmo nas grandes cidades, vai fazer barulho.
“Nas capitais, teremos 25% do mercado três anos depois de ativada a rede”, comentou em conferência com analistas dos resultados de 2022. A empresa pode atender, com espectro próprio, o Nordeste e o Centro-Oeste.
A estratégia para elevar a qualidade e atrair usuários passa por verticalizar tudo. Fazer toda a rede por conta própria significa implementar o backhaul em fibra que conecta as torres, as próprias torres, postes e mastros, e a instalação dos sites. Os rádios são da Huawei.
Segundo Nogueira, dessa forma foi possível absorver custos com mão de obra. A empresa diminuiu o ritmo de construção de novas redes de fibra para aumentar a ocupação das que já possui. Os técnicos que estavam alocados na rede fixa foram então deslocados para a construção da infraestrutura móvel. Eles também já montaram 250 mini data centers perto de cada cidade, que serão usados para entregar conteúdos em baixa latência.
No momento, as cidades de Pereiro e São Miguel estão com o sinal ativado, em fase de testes. Cerca de 3 mil pessoas utilizam essas redes. O projeto é piloto, e todos são funcionários da empresa. Nogueira diz que, até o momento, ficou demonstrado que é possível e viável montar uma operação móvel com ampla cobertura, inclusive indoor, utilizando apenas a frequências de 2,3 GHz e 3,5 GHz, operando tanto 4G, quando 5G standalone.
Ao todo, a empresa vai investir R$ 2 bilhões na implantação do 5G no Nordeste, dos quais, R$ 350 milhões apenas este ano. Para 2024, espera-se número semelhante de Capex no móvel. Nogueira informou que a operação móvel começa este ano, mas não deve ainda gerar receita expressiva. Os resultados virão nos anos seguintes.
Contando fibra e móvel, o Capex de 2024 deve ser um pouco mais baixo que o deste ano, mas próximo dos R$ 700 milhões.
