Brasileiros são a favor de regras nas redes sociais, diz DataSenado
Segundo pesquisa realizada pelo DataSenado, 84% dos brasileiros que usam ou já usaram as redes sociais acreditam que a criação de uma lei contra as fake news vai favorecer a redução de notícias falsas nas plataformas. O plenário deve votar nesta quinta-feira, 25, novo texto do PL das Fake News, apresentado pelo senador Angelo Coronel (PSD/BA).
A pesquisa entra no mérito se o desejo é pelas regras propostas pelos parlamentares. O texto atualmente em trâmite é alvo de duras críticas, tanto de especialistas em direito digital, como entre senadores e deputados. Entre os diversos pontos, o substitutivo do relator impões obrigações a operadoras de telefonia móvel, que terão de cadastrar todos os usuários pré-pagos, e exige que os usuários das redes sociais associem CPF a suas contas.
Dos ouvidos, 66% afirma que ouviram falar do PL das Fake News. Mas do total de entrevistados, 1,2 mil pessoas, apenas 33% concordam totalmente com a medida e 51% concordam em parte, enquanto 11% discordam em parte, 4% discordam totalmente e 1% não soube ou preferiu não responder. O levantamento foi feito por telefone entre 9 e 11 de junho, antes, portanto, da divulgação do relatório produzido por Coronel.
Dentre os questionados pelo DataSenado, 55% opinaram estar muito preocupados com a quantidade de notícias falsas divulgadas nas mídias digitais. Enquanto que 32% se disseram um pouco preocupados e 12% nada preocupados.
Visibilidade ao falso
Outro número interessante são os 76% de usuários que concordam que nestes ambientes virtuais, as notícias falsas ganham mais visibilidade que as verdadeiras e bem apuradas. Entretanto, julgar se o conteúdo é falso ou verdadeiro é uma tarefa fácil para somente 49% dos entrevistados. Outros 49% não entendem assim e 2% não souberam ou preferiram não responder a essa pergunta.
Em relação a presença de robôs nas redes sociais, somente 54%, daqueles que possuem ou já possuíram redes sociais, têm conhecimento da existência desses perfis controlados por computador. Outros 46% não sabem. O WhatsApp é a fonte de informação mais acessada, seguido pela televisão, sites de notícias, Facebook, YouTube, rádio e Twitter. (Com informações da Agência Senado).