Brasileiro vai gastar R$ 158,8 bi em serviços de telecom neste ano

Com base em dados do IBGE, pesquisa da IPC Maps aponta desinteresse pela telefonia fixa, mas expansão contínua e forte da oferta de combos e das vendas de celulares e acessórios.

O setor de Telecomunicações, um dos poucos que registraram alta desde o início da pandemia, continua ampliando sua presença no mercado e deve movimentar até o final deste ano cerca de R$ 158,8 bilhões, o que representa um acréscimo de 20,3% em relação a 2019. É o que aponta a Pesquisa IPC Maps, especializada em potencial de consumo dos brasileiros há quase 30 anos, com base em dados oficiais.

Segundo o levantamento, de 2019 para 2020, o potencial de consumo na categoria já havia subido 5,5%, de R$ 131,9 bilhões para R$ 139,2 bilhões. Neste cálculo, foram levadas em conta as despesas com a aquisição de aparelhos e manutenção de telefonias fixa e móvel, bem como pacotes de TV, telefone e internet.

Marcos Pazzini, responsável pelo IPC Maps, explica que a alta em telecomunicações foi impulsionada pela necessidade imposta no início da pandemia de equipar ou incrementar as residências para conseguir atender às demandas, tanto do home office, quanto das aulas online.

“Além disso, esse aumento progressivo mostra que para muitas empresas o home office veio, de fato, para ficar, mesmo após a pandemia, seja de modo permanente ou regularmente”, conclui.

As classes sociais apontadas pela consultoria são consideradas conforme a tabela abaixo:

Metodologia

Para chegar ao números, a consultoria analisou números de 2010 a 2020 publicados pelo IBGE, que fez uma estimativa nacional de consumo e então a dividiu por domicílios. Dessa forma, os valores de consumo foram calculados em moeda nacional e devem resultar em R$ 5,075 trilhões neste ano.

Os resultados indicaram que no Brasil de 2021 girarão, em despesas correntes, R$ 4,710 trilhões, na área urbana dos municípios e R$ 364,8 bilhões na área rural, referentes ao consumo final das famílias. Este cálculo levou em consideração previsão de crescimento do consumo de -5,50% no período 2019/2020 e de +3,67% no período 2020/2021. Para 2021, a participação do consumo final das famílias sobre o PIB deverá ser de 63,0%.

Uma vez estabelecido o consumo de cada domicílio em cada classe econômica e em cada município estudado, pode-se calcular o potencial de consumo desse município, dividindo-se o montante de despesas esperadas no mesmo, para o exercício de um ano, pelo total de despesas correntes do país, explica a consultoria.

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Rafael Bucco

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