Desktop prevê gastar R$ 17,3 milhões em plano de recompra de ações

Por meio de fato relevante, provedor informou que planeja adquirir 1,1 milhão de ações ordinárias de sua emissão, o equivalente a 3,22% do total em circulação; recursos sairão da reserva de lucros
Desktop anuncia plano de recompra de ações
Plano anunciado pela Desktop prevê a recompra de 3,22% das ações de sua emissão em circulação (crédito: Freepik)

A Desktop anunciou, no início da noite desta terça-feira, 21, por meio de fato relevante, o lançamento de um plano de recompra de ações. A iniciativa foi aprovada, por unanimidade e sem qualquer ressalva, pelos membros do conselho de administração do provedor. A operação deve totalizar R$ 17,3 milhões.

Na prática, a Desktop planeja adquirir até 1.152.083 ações ordinárias, nominativas e sem valor nominal de emissão da companhia. Os papéis devem ser destinados ao plano de outorga de ações de matching ou permanecer em tesouraria. O provedor ainda terá as possibilidades de cancelá-las ou aliená-las.

De todo modo, a operação não prevê redução do capital social do ISP.

A Desktop ainda informou que as aquisições poderão feitas no prazo de até 18 meses – isto é, de 21 de novembro de 2023 a 21 de maio de 2025. A diretoria poderá decidir se as eventuais compras serão feitas em uma única operação ou em uma série de lances. Em qualquer dos casos, o BTG Pactual atuará como intermediador.

Como vai ser a operação

O total de ações ordinárias previsto no plano equivale a aproximadamente 3,22% dos papéis em circulação (mais de 35,7 milhões).

De acordo com o fato relevante, a Desktop utilizará a reserva de lucros para adquirir as ações. O saldo da conta, conforme o período de nove meses até setembro deste ano, é de R$ 144,6 milhões.

Segundo o provedor, para adquirir o total de ações previsto no plano, será preciso desembolsar R$ 17,3 milhões, o que representa cerca de 12% da reserva de lucros até o último dia 30 de setembro.

“Nesse sentido, os membros do Conselho de Administração se sentem confortáveis de que a recompra de ações da Companhia (i) não prejudicará o cumprimento das obrigações assumidas com credores nem o pagamento de dividendos obrigatórios; e (ii) faz-se necessária para cumprimento das obrigações assumidas pela Companhia nos Planos de Incentivo a Longo Prazo”, diz a empresa, em trecho do documento divulgado ao mercado.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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