Brasil terá 179 milhões de usuários 5G em 2030
A GSMA, entidade que representa operadoras móveis de todo o mundo, soltou hoje, 29, relatório com projeções para o 5G na América Latina – incluindo Brasil – até 2030.
No Brasil, o 5G será responsável por 77% dos acessos em 2030, estima a GSMA. Será o país mais conectado pela tecnologia na América Latina, seguido por Chile (68%), Uruguai (65%) e México (62%). Até o momento, 47% da população é coberta por 5G. Em 2030, serão 84%.
Até 2025, o Brasil terá 36,2 milhões de conexões 5G, ou 16% do total. Naquele ano, a contribuição econômica do 5G para o PIB será de US$ 5 bilhões, ou 0,3% do PIB. Em 2030, será de US$ 26 bilhões, ou 1,2% do PIB.
Até março de 2023, oito países da América Latina tinham serviços 5G comerciais em operação. A adoção do 5G superará o 2G em 2024, o 3G em 2026 e 4G em 2029 na região. Até 2030, o 5G será responsável por 57% do total de conexões na área. O 4G deve entrar em declínio entre os latino-americanos em 2024, mas apenas em 2028 o 5G vai superar o 4G em quantidade de acessos.
Investimentos
Se no Brasil o 5G é realidade, na maioria dos demais países da América Latina a tecnologia ainda começa a se desenvolver. O resultado disso, aponta a GSMA, é que haverá um pequeno aumento nos investimentos nos próximos anos na região por parte das teles. Esses aportes serão dedicados a MIMO Massivo, adensamento de sites e construção de backhaul de fibra óptica.
Existe um consenso entre as operadoras de que o segmento business-to-business (B2B) representa a maior oportunidade de receita incremental na era 5G, diz a GSMA. Na América Latina, os mercados-chave são mineração e agronegócio.
“A América Latina tem apresentado demanda por redes privadas sem fio, em particular no Brasil, Peru e Chile. Até agora, a maioria das implantações foram de soluções LTE privadas, mas o número de casos de uso 5G, em teste ou ativos, está crescendo. Isso inclui veículos autônomos guiados (AGVs) para transporte de mercadorias, drones para pesquisa no local e streaming de vídeo de alta definição para aplicações de segurança e proteção”, diz a GSMA no relatório.
O relatório completo, em português, está aqui.