BNDES seleciona fundo para negócios de impacto socioambiental

Lightrock Growth Equity é o primeiro fundo de impacto selecionado após chamada pública. Aporte do BNDES será de até R$ 250 milhões.
BNDES seleciona fundo para negócios de impacto socioambiental - Crédito: Freepik
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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) contratou o primeiro Fundo de Investimento após a chamada pública para a seleção de fundos de investimento de impacto.

Selecionado na modalidade Fundos de Investimento em Participações (FIP) Impacto Livre, o Lightrock Growth Equity Fund II Brasil FIP Multiestratégia (LGEF II) receberá do BNDES aporte de até R$ 250 milhões por meio da subscrição de cotas do fundo, o que representa até 25% do patrimônio alvo do Fundo, que é de R$ 1 bilhão. Diferença será captada no mercado.

O objetivo é investir em empresas que ofereçam produtos e serviços inovadores e gerem impactos socioambientais positivos. O fundo investirá em companhias que já comprovaram seu modelo de negócio, estão em fase de crescimento, são escaláveis e que precisam de capital para sustentar o crescimento e entregar o retorno financeiro e de impacto a que se propõem.

Sete setores-chave serão priorizados: saúde, educação, energia renovável, agricultura e alimentação sustentável, mobilidade e transporte eficiente, transformação do sistema financeiro e infraestrutura digital. O período de investimento do fundo será de quatro anos e o prazo total de oito anos.

Para o diretor de Participações, Mercado de Capitais e Crédito Indireto, Bruno Laskowsky, “trata-se de iniciativa pioneira do BNDES em apoiar investimentos de impacto através de um Fundo de Participações acionárias”.

“O apoio da BNDESPAR a esse fundo está alinhado com duas verticais da Enimpacto (Estratégia Nacional de Investimentos e Negócios de Impacto): ampliação de oferta de capital e aumento do número de negócios de impacto”, explicou o executivo.

A responsável pelo LGEF II, Lightrock Gestora de Recursos, utilizará metodologia de Impacto própria, vistoriada por auditoria independente, para mensuração periódica dos impactos de cada negócio, previamente e durante o investimento pelo Fundo, que levará em conta os aspectos ambiental, social e de governança.

“A Lightrock busca investir em companhias que tragam soluções aos grandes desafios estruturais enfrentados por nossas sociedades, tanto no aspecto social quanto ambiental. Temos cada vez mais direcionado recursos para o mercado local, e nesse sentido estamos honrados em receber o BNDES como investidor em nosso novo fundo”, comentou Marcos Wilson Pereira, Managing Partner e Head LatAm da gestora.

Negócios de Impacto

Lançada em julho de 2021, a chamada pública conta com duas modalidades de fundos, de acordo com o porte das empresas investidas pelos fundos: FIP Impacto MPME e FIP Impacto Livre. Na modalidade FIP Impacto MPME, as empresas deverão ter faturamento de até R$ 90 milhões. Já na modalidade FIP Impacto Livre, não há limite máximo de faturamento.

Na modalidade FIP Impacto MPME, cada fundo deve ter como meta a captação de pelo menos R$ 200 milhões. Na modalidade FIP Impacto Livre, o fundo deve ter como perspectiva um capital comprometido mínimo de R$ 400 milhões. No caso do LGEF II, este capital pode chegar a R$ 1 bilhão.

O percentual máximo de participação do BNDES no capital comprometido de cada fundo selecionado pela chamada é de até 25%.

Com essa iniciativa, o Banco investirá até R$ 450 milhões estimulando negócios que apoiem a transformação da sociedade e a melhoria da vida dos brasileiros sob diversos aspectos, como gestão de resíduos, moradia, acessibilidade digital, meio ambiente, transporte, recursos hídricos, saneamento básico e educação. Outros dois fundos ainda serão contratados e estão em fase de seleção.

(com assessoria)

 

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Redação DMI

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