Associação Neo manifesta apoio à atual destinação dos 6 GHz

Associação NEO se antecipa a debate sobre revisão do uso dos 6 GHz que delegação brasileira pode trazer de Dubai em função das negociações durante a WRC-23
(crédito: Freepik)

A possibilidade de a delegação brasileira da WRC-23 trazer na bagagem de Dubai (EAU) meta de rever o destino da faixa de 6 GHz mobiliza a Associação NEO, que representa um segmento que se beneficia do WiFi no país: o dos provedores de internet.

A decisão definitiva sobre se o Brasil manterá a nota de rodapé prevendo a possibilidade de dividir a faixa entre serviços não licenciados e o celular será deliberada amanhã, 14, às 10h45, hora local de Dubai (5h45 por aqui). As negociações ainda estão em curso.

Caso seja mantida a posição flexível, defendida pelo presidente da Anatel, Carlos Baigorri, de divisão da faixa, deverá acontecer uma revisão regulatória por parte da Anatel, com reabertura de um debate acalorado.

Nesta quarta-feira, 13, a Associação Neo já se antecipa e se posiciona em defesa da manutenção da destinação integral dos 6 GHz para uso não licenciado, ou seja, para o WiFi 6E ou superior.

Rodrigo Schuch, Presidente da NEO, diz que a regulação atual dos 6 GHz no país “é um marco significativo para o avanço da conectividade no Brasil”. Afirma que o Wi-Fi6E oferece uma “experiência indoor aos clientes em banda larga fixa significativamente melhor”.

Cita um caso de uso outdoor do WiFi, o projeto Favela 3D, iniciativa da Alloha Fibra, representada pela marca Giga+, que leva internet gratuita por meio do WiFi 6 para a Favela dos Sonhos, em São Paulo. “Com 15 roteadores, a iniciativa beneficia cerca de 190 famílias, promovendo inclusão digital e ampliando o acesso à conectividade de qualidade, essencial para uso de serviços considerados básicos, como educação online”, observa.

A Neo diz que a alocação da faixa de 6 GHz para o WiFi impulsiona a competição entre banda larga fixa e móvel, especialmente em um mercado diversificado com o brasileiro, com mais de 20 mil prestadoras de banda larga fixa.

Diz também que há mais fabricante brasileiros de equipamentos WiFi do que de equipamentos de rede. Portanto, a destinação do 6 GHz tem impacto sobre a indústria nacional. Por fim, ressalta que o WiFi 7 prevê uso da banda de 6 GHz. 

Para Schuch, o acesso integral aos 6 GHz “permitirá que as Prestadoras de Pequeno Porte (PPPs) ofereçam serviços de dados de qualidade semelhante ao 5G das grandes operadoras móveis, ampliando as escolhas para os consumidores brasileiros e, em regiões mais remotas, entregas as opções que melhores se encaixam na necessidade da população, com serviços de qualidade e incentivo à competitividade entre as prestadoras”.

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Rafael Bucco

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