Áreas de Comunicações e Ciência e Tecnologia podem ser separadas por Bolsonaro
Depois da fusão do Ministério das Comunicações com a pasta de Ciência e Tecnologia, em maio de 2016, essas áreas devem sofrer novas alterações no governo de Jair Bolsonaro. O astronauta Marcos Pontes já aceitou o convite para ocupar o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, mas a pasta da Comunicações, de acordo com declarações anteriores do então candidato à presidência da República, pode ser fundida com a de Educação.
Pode também ir para a futura pasta de Infraestrutura, mas não há confirmação sobre essa possibilidade. O fato é que a pasta de Comunicações continua desprestigiada, embora trate de um setor que investe bilhões de reais todos os anos no país, como é o caso das telecomunicações.
Os nomes dos novos ministros e a reforma administrativa – a ideia é cortar 20 mil cargos e reduzir para 15 o número de ministérios – estão saindo a conta gotas. De certo só tem o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni para a Casa Civil e chefe do gabinete de transição.
O economista Paulo Guedes também está mais que confirmado para a pasta da Fazenda, que vai encampar o Ministério do Planejamento e, ainda pode acontecer, a fusão com a pasta da Indústria e Comércio. Nesse ponto, há uma forte reação da Confederação Nacional da Indústria.
O general Aléssio Ribeiro Souto, que defende a revisão bibliográfica e curricular, segundo ele, para evitar o ensino partidarizado, é cotado para o Ministério da Educação. Concorre com ele o ex-diretor da área de cursos on-line da FGV, Stravos Xanthopoylos, que defende a educação a distância (EAD) até mesmo para o ensino fundamental e é contra o sistema de cotas.
Já o empresário Paulo Marinho, que é suplente do senador eleito Flávio Bolsonaro, deve atuar como conselheiro na área de comunicação. Ele ajudou na interlocução da campanha do Bolsonaro com jornalistas e empresários.
O Ministério da Defesa, por sua vez, deve ser comandado pelo general Augusto Heleno, que foi o primeiro comandante da Missão das Nações Unidas para a Estabilização no Haiti (Minustah), de junho de 2004 a setembro de 2005.(Com agências)