“Aprovação do TAC é divisor de águas”, diz presidente da Telefônica
A decisão dos ministros do TCU de aprovar o TAC assinado entre a Anatel e a Telefônica, desde que a agência reguladora faça uma série de ajustes, foi recebida com entusiasmo pelo presidente da Telefônica Brasil, Eduardo Navarro. Mas não foi propriamente uma surpresa, pois ele conta que estava otimista com o resultado, após visitar e conversar com os conselheiros do Tribunal de Contas para expor o ponto de vista da operadora que vai investir R$ 4 bilhões em redes de banda larga de alta velocidade em troca da suspensão de multas no valor de R$ 1,7 bilhão.
Segundo a avaliação de Navarro, o que foi aprovado não foi o TAC da Telefônica, mas a possibilidade de as agências reguladoras e, em particular a Anatel, poderem fazer acordos com as empresas e aplicar recursos de multas em projetos que atendam aos interesses da população e que vão gerar riqueza, empregos e impostos. Ele lembra que com o TAC, por imposição da Anatel, vão ser atendidas com redes ópticas de alta velocidade cidades que não seriam atendidas agora por simples decisão comercial. E o atendimento de uma cidade média inclui os seus bairros da periferia.
Para o presidente da Telefônica, o TAC é bom para o setor e também para o país. Ele observa, no entanto, que é preciso aguardar a conclusão do processo e os ajustes que terão que ser feitos pela Anatel a pedido do TCU. “Não tenho condições de avaliar o seu impacto, neste momento”, disse.