Anatel vai aumentar a potência máxima de terminais em redes privativas 5G

Superintendência de Outorga e Recursos à Prestação finalizou minuta de ato, previsto para sair em janeiro, juntamente com a entrada em funcionamento de um sistema eletrônico para a coordenação de espectro.
O espectro disponível no país para redes privativas
O espectro disponível no país para redes privativas

A área técnica da Anatel já concluiu a minuta de ato que determina os requisitos técnicos das redes privativas em 5G no país. A meta trabalhada atualmente na agência é publicar o texto em janeiro, quando também deve ser concluído o sistema eletrônico de coordenação do espectro.

As redes privativas são a menina dos olhos da 5G, a principal aposta para geração de receita adicional por operadoras e fabricantes de equipamentos. Como se vê no gráfico acima, a Anatel já disponibiliza espectro para uso por redes privativas. Com o novo ato, ficam mais claras as regras para a convivência entre redes móveis TDD, resultando em harmonização com o 5G e satélites para a indústria 4.0.

O Tele.Síntese teve acesso à minuta final do ato. Esta define a potência máxima para uso indoor de redes na faixa de 3,7 GHz a 3,8 GHz conforme proposto inicialmente pela agência na redação que foi a consulta pública em julho. A potência das redes indoor ficará limitada a 30 dBm/10 MHz e.i.r.p.

Há muita expectativa entre operadoras e fabricantes a respeito da potencia mais adequada para as redes dentro das fábricas. Em uma das poucas contribuições públicas feitas por empresas à consulta realizada pela Anatel em julho, a Oi defende que seria possível dobrar a potência das redes privativas, sem risco de causar interferência em outros serviços. Em caso de interferência, o uso de filtros sanaria eventuais problemas.

Os técnicos da Anatel, no entanto, entenderam ser melhor acompanhar a proposta original, cuja funcionalidade foi testada e comprovada pela Weg em um piloto realizado junto com a Claro e a ABDI. O piloto resultou em relatório que confirma a viabilidade da rede usando estações radiobase ou nodais com potência de 30 dBm.

Para estações móveis ou terminais, a agência vai aumentar a potência. Na minuta que foi a consulta, o limite era de 23 dBm. Passará a 26 dBM, com tolerância de +2 dBm, algo que não havia originalmente. Logo, a potência do terminal na rede privativa chegará a 28 dBm. No mais, o texto segue igual o original do começo do ano.

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Rafael Bucco

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