Anatel prorroga estudo sobre o roaming permanente

Anatel diz que não permitirá sanção contratual ou regulatória de usuários que permanecerem em roaming por mais de 90 dias, consecutivos ou não, até julgamento do estudo em elaboração.

Crédito: Freepik

A Anatel decidiu dar mais 60 dias para que a área técnica conclua estudo a respeito da viabilidade, ou não, de considerar em roaming permanente dispositivos que acampam fora da rede móvel de origem por mais de 90 dias, consecutivos ou não.

O prazo veio, ainda, com uma decisão que desfavorece pleitos de Claro, TIM e Vivo, as quais pediam para exercitar cláusulas em contratos de ofertas de atacado de roaming que impediam o acampamento por mais de 90 dias não consecutivos.

Os conselheiros da Anatel reverteram a medida adotada em março e decidiram que, até a área técnica concluir o estudo e o colegiado apreciar a questão, “não caberá a imposição de qualquer espécie de sanção contratual ou regulatória, caso assinantes das prestadoras utilizem o roaming por mais de 90 (noventa) dias não consecutivos”.

A questão é sensível tanto às operadoras nacionais, que reclamam da dificuldade em dimensionar as redes e dos custos que o roaming permanente gera, quanto a operadoras regionais e MVNOs com foco no segmento de internet das coisas, rastreamento e logística, que dizem ser comum o dispositivo não retornar à rede de origem por mais de 90 dias no ano.

Com isso, o grupo de trabalho criado para explicar porque o critério atual da Anatel considera a contagem “apenas na rede da ofertante do roaming permanente com a vedação para que demandantes de roaming possam se deslocar, ininterruptamente, entre diferentes redes de telecomunicações” deverá entregar um relatório até  6 de julho.

Fazem parte do GT técnicos das superintendências Executiva (SUE), de Planejamento e Regulamentação (SPR) e pelo Competição (SCP). As três solicitaram mais prazo para concluir seus relatórios.

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Rafael Bucco

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