Anatel estuda ampliar teto de espectro para as operadoras de celular

Com essa proposta em estudo, poderá haver mais liberalidade de fusão entre as operadoras que atuam no mercado brasileiro.

shutterstock_Natali Glado_abstrata_radiodifusao_geral_frequenciaA Anatel  estuda mudar o limite de frequência que cada operadora de celular pode comprar, disse hoje, durante o Painel Telebrasil, o conselheiro Leonardo de Morais. Segundo ele, a proposta da área técnica já está nas mãos do conselheiro relator, Otávio Rodrigues.

Morais explicou que os limites de espectro atuais privilegiam ou a cobertura ou a capacidade. Atualmente, as operadoras podem deter até  85 MHz cada, até a faixa de 2,5 GHz.

A área técnica está propondo que cada empresa de celular tenha  até 40% das faixas mais baixas, de até 1 GHz. Entre as faixas de 1 a 3 GHz também a agência propõe liberar para cada empresa deter até 40% desse espectro.

Para as faixas mais altas, acima de 3GHz, a Anatel ainda não tem, porém, uma proposta de limite a ser estabelecido para a empresas.

Segundo o conselheiro Leonardo de Morais além de mais espectro, esse medida poderá permitir também  mais movimentação no mercado.

Atualmente, a Vivo e a Claro são as operadoras que possuem a maior quantidade de espectro disponível para a telefonia celular e, como compraram praticamente tudo o que a Anatel colocou à venda, elas não poderiam, por exemplo, comprar a Oi nas condições atuais, sem que tivessem que devolver grande parte da frequência. Com essa mudança a ser feita, as fusões e aquisições entre os players do mercado nacional poderão ficar mais fáceis.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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