Anatel, Apex e Neo querem levar modelo de ISP para países de língua portuguesa

A Anatel vai patrocinar um estudo sobre o mercado de banda larga nos países africanos, como forma de estimular o surgimento de operadores regionais e ampliar as exportações da tecnologia nacional.
Reuniao associacao neo anatel e apex
Ampliar a competição estimular a compra de produtos feitos no Brasil são os objetivos. Crédito-Divulgação

Os presidentes da Anatel, Carlos Baigorri; da Apex, Jorge Viana; e da Associação NEO, Rodrigo Schuch, reuniram-se ontem, 17, em Brasília para dar início a um programa de estímulo às prestadoras de pequeno porte (ISP) para os países de língua portuguesa. ” Uma das metas da Apex é ampliar as exportações brasileiras de valor agregado, e esse objetivo pode se casar com o de ampliar também a conectividade nesses países, que ainda é muito baixa”, afirmou Aníbal Diniz, consultor da NEO, presente à reunião.

Carlos Baigorri apresentou  um estudo sobre a situação do acesso à internet nos países africanos de língua portuguesa ( Angola, Moçambique, Giné Bissal e Cabo Verde), cujos índices de conectividade ainda são muito baixos, e disse que a Anatel irá patrocinar um estudo a ser feito pelo fórum de reguladores, que reúne o Brasil e esses países, que irá sugerir medidas – inclusive de alterações regulatórias – que estimulem o ingresso dos pequenos operadores naqueles mercados.

” O modelo brasileiro, que estimulou a competição com regras assimétricas, deu tão bom resultado (atualmente as pequenas empresas ocupam metade do mercado brasileiro de banda larga fixa) que pode ser estimulado em outros países. Com esse programa, iremos também reforçar o desenvolvimento da tecnologia nacional, pois os ISPs brasileiros que forem para lá irão comprar os nossos produtos fabricados aqui”, explicou Diniz.

MCoM

Hoje, os dirigentes da Neo também estiveram com o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, para apresentar a pauta da entidade para o ano. E, nesse caso, uma das principais reivindicações da Neo é fazer com que a Anatel promova a competição também no mercado de telefonia móvel. ” O acesso ao espectro ainda está apenas com as grandes operadoras”, afirmou Diniz. Segundo ele, o ministro voltou a ressaltar que sua meta será levar a conectividade para 100% dos brasileiros.

 

 

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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