Anac e Anatel vão publicar portaria sobre interferência antes do início do 5G em Brasília
A Anac está preocupada com a interferência do 5G nos aviões que transitam por Brasília e, juntamente com a Anatel, deverá, até esta quinta-feira, 30, publicar uma portaria conjunta com as especificações de potências que as antenas do 5G deverão irradiar nas redondezas do aeroporto internacional de Brasília ,antes de o serviço ser oferecido na primeira cidade escolhida para ativação da nova tecnologia.
Aeroporto
Segundo fontes da agência, a Anac está preocupada com a interferência que pode ser gerada e ainda estuda o limite de potência que as erbs (estações radiobases) poderão irradiar proximamente ao aeroporto. O problema de interferência nos equipamentos dos aviões foi identificado nos Estados Unidos em dezembro do ano passado, o que forçou o adiamento do lançamento do 5G por lá.
O lançamento da AT&T e Verizon estava previsto para o dia 5 de dezembro do ano passado, e foi adiado para janeiro deste ano porque a FAA – uma unidade do Departamento de Transporte dos Estados Unidos- iria emitir portarias limitando o uso de sistemas automatizados de cabine de pilotagem porque a entidade alegava que poderia haver potencial interferência das torres de 5G que estão no solo. Depois, a solução foi diminuir as potências das antenas perto dos aeroportos.
Brasil
” O 5G entrará em serviço na primeira quinzena de julho”, vaticinou o conselheiro da Anatel, Moisés Moreira, durante o painel Telebrasil 2022. Ele assinalou, em tom de desabafo, que a Anatel deve decidir sobre os serviços de telecomunicações sem qualquer tipo de pressão política.
No Brasil, em novembro do ano passado, as duas agências passaram a monitorar a faixa de 4200 – 4400 MHz para garantir a proteção do serviço de Radionavegação Aeronáutica.
O uso da faixa em torno de 4GHz é acompanhado pelos dois órgãos para que, se necessário, ações de mitigação a interferências fossem efetivadas conforme a nota oficial conjunta lançada pelas duas agências no ano passado.