América Móvil tem prejuízo no 4º tri, mas, no ano, lucro sobe 239%

Controladora da Claro Brasil registrou queda na receita do trimestre em função do impacto do furacão Maria sobre operações no Caribe, principalmente em Porto Rico.

The logo of America Movil is seen in the company's new corporate offices in Mexico City

A América Móvil, grupo mexicano controlador da Claro Brasil, também divulgou ontem, 13, os resultados financeiros do quarto trimestre de 2017. A companhia registrou receita equivalente a US$ 14,2 bilhões, 2% menor que no mesmo período de 2016.

O desempenho financeiro da operadora foi afetado pelo câmbio e por um fenômeno climático. Em setembro, o furacão Maria atravessou o Caribe, deixando rastro de desolação. Porto Rico foi um dos países mais afetados. O evento destruiu redes de telefonia fixa e afetou a rede elétrica que mantinha equipamentos ligados. Com o apagão, calcula-se que o furacão sozinho derrubou em 16,1% as receitas na ilha.

Não fosse esse custo extraordinário, diz o grupo, as receitas totais teriam crescido 1,9% e o EBITDA, 12%. Este último cresceu 6,8%, para US$ 3,77 bilhões.

A companhia teve, ainda, um prejuízo líquido de US$ 607,9 milhões no trimestre, quase o dobro do visto no mesmo período de 2016. O motivo foi não apenas o desastre natural. A desvalorização do Peso Mexicano em relação ao Dólar e ao Euro, e baixas contábeis, também contribuíram.

O ano da América Móvil

Em 2017 como um todo, o grupo teve um ganho de 4,7% nas receitas, que atingiram o equivalente a US$ 52,5 bilhões. O EBITDA saltou 8,3%. O lucro cresceu 239,1%, para US$ 1,5 bilhão, graças ao custo menor com despesas financeiras e a menos perdas com movimentação cambial.

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Rafael Bucco

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