Alemanha pode proibir chinesas Huawei e ZTE de fornecer equipamentos para redes 5G
A Alemanha planeja impedir que empresas de telecomunicações usem componentes das chinesas Huawei e ZTE em redes 5G. Além disso, o eventual banimento pode incluir a retirada de componentes atualmente em uso, de modo que as operadoras teriam que substituí-los por similares de outras marcas, a exemplo do que já aconteceu no Reino Unido.
Um porta-voz do Ministério do Interior confirmou à agência Reuters que o governo alemão está realizado uma revisão geral sobre os fornecedores de tecnologia de telecomunicações. A medida faz parte de uma reavaliação das relações comerciais do país europeu com o gigante asiático.
Por ora, nenhuma operadora que atua no território alemão foi impedida de usar componentes de fabricantes chinesas nas redes 5G.
A fonte ouvida pela Reuters ainda disse que as possíveis verificações rigorosas se devem a riscos de segurança. Além disso, caso as teles tenham que substituir as peças em uso, não devem ser compensadas pelo governo alemão, de modo que terão de amargar o prejuízo financeiro.
A agência de notícias britânica afirma ter tido acesso a um documento do Ministério do Interior que indica que um fabricante específico pode ser proibido de fornecer componentes críticos caso seja controlado direta ou indiretamente pelo governo de outro país.
Em geral, os críticos da Huawei e da ZTE alegam que essas empresas têm vínculos estreitos com o serviço de segurança do governo da China. Desse modo, integrar equipamentos chineses às redes móveis poderia dar acesso a espiões de Pequim a infraestruturas essenciais. As empresas e o governo da China, por sua vez, rejeitam as acusações e dizem que são motivadas por desejos protecionistas de nações concorrentes no setor de tecnologia.
Na Europa, até o momento, apenas o Reino Unido e a Suécia proibiram a Huawei e a ZTE de fornecer equipamentos de redes 5G.
Em 2021, a Alemanha aprovou uma lei de segurança de TI. A norma estabeleceu grandes obstáculos para os fabricantes de equipamentos de telecomunicações para redes de próxima geração, mas não chegou a proibir a utilização de componentes das fabricantes chinesas.