Acordo com Apple incha resultado do Qualcomm, apesar de vendas mais fracas

Sem contar o contrato de licenciamento para a fabricante do iPhone,lucro da Qualcomm teria caído 34%.

A fabricante de chips Qualcomm aumentou as receitas no seu terceiro trimestre fiscal, encerrado em 30 de junho. O balanço do período foi divulgado no final desta quarta-feira, 31. Os números mostram crescimento de 73% nas vendas ano a ano, que somaram US$ 9,6 bilhões no período. O lucro líquido subiu ainda mais, 79%, atingindo US$ 2,1 bilhões, considerando-se o padrão de contabilidade norte-americano GAAP.

O CEO da empresa, Steve Mollenkopf disse que o resultado deve ser visto como positivo, uma vez que o mercado vê diminuir o interesse por smartphones 4G, ao mesmo tempo em que ainda não existe grande demanda por modelos 5G. Ainda sim, diz ele, a empresa está bem posicionada para os próximos trimestres.

“Nosso desenho para 5G dobrou em adesões no último trimestre, deixando-nos muito bem em um cenário com expansão da 5G logo em 2020”, afirmou.

Os números, no entanto, foram inchados no período por um evento não recorrente. A Qualcomm fechou acordo de licenciamento com a Apple de US$ 4,7 bilhões. Sem este contrato, as receitas teriam caído 13%, para US$ 4,9 bilhões. E o lucro líquido teria sido de US$ 1 bilhão, 34% menor que na comparação com o mesmo trimestre de 2018.

Durante conferência com analistas, Mollenkopf alertou ainda que haverá demanda mais fraca por chips até o final de 2019 em função do banimento da Huawei do mercado norte-americano. Isso acontecerá porque a Huawei decidiu focar o mercado Chinês, fornecendo chips para Oppo, Vivo e Xiaomi.

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Rafael Bucco

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