Governo de SP quer cell broadcast ativado antes em 48 cidades do estado

Cell broadcast está em fase final de implantação por grupo de trabalho coordenado pela Anatel com participação de operadoras e Defesa Civil, no entanto

(Foto: Freepik)

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, reuniu-se com representantes das operadoras de telecomunicações nesta semana para pedir a ativação de um sistema de alertas da defesa civil que exiba as mensagens no topo de todas as atividades do smartphone. Conhecida por Cell Broadcast, a tecnologia está em fase de regulamentação na Anatel, para adoção definitiva até o final de 2023 em todo o Brasil.

O cell broadcast envia alertas para Estações Rádio Base (ERBs), que direcionam a mensagem automaticamente para todos os aparelhos celulares que estejam em seu raio de cobertura. Os usuários vão receber mensagens de texto em formato pop up, sobreposto ao conteúdo que eventualmente esteja sendo acessado no celular.

A depender do tipo de emergência, a mensagem poderá acionar um sinal sonoro no celular, mesmo se estiver no modo silencioso, o que vai permitir maior funcionalidade do alerta nas situações de risco. O método já é utilizado nos Estados Unidos, no Japão e em países da Europa.

Em outubro de 2022, a Anatel determinou, às prestadoras de telefonia móvel uma evolução do sistema de alertas de emergência, por meio da tecnologia cell broadcast, que será implantada até dezembro de 2023. A funcionalidade vai complementar a atual solução de envio de alertas, o SMS, que também passará por evoluções (SMS Flash).

O assunto é coordenado pela agência em Grupo de Implementação de que fazem parte as prestadoras Claro, Tim, Vivo, Algar, Sercomtel, Sindicato Nacional de Empresas de Telefonia Móvel (Conexis) e órgãos de Defesa Civil, representados pelo Centro Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cenad) do Ministério da Integração e do Desenvolvimento Regional.

Para Freitas, porém, a ativação do sistema em 39 cidades da região metropolitana de São Paulo e outras nove do litoral paulista deve ser priorizada, independente do trabalho da Anatel. São áreas consideradas de risco onde vivem 1,5 milhão de pessoas.

O governo do estado criou um grupo de trabalho composto por membros do Governo de São Paulo e das empresas de telefonia para discutir os custos e a implantação da tecnologia, que, lembrando, já está em fase final implantação sob coordenação da Anatel. O grupo paulista deve apresentar um relatório em 120 dias.

Participaram do encontro com Freitas o CEO da Oi [que já não tem mais braço de telefonia móvel], Rodrigo Abreu; o head de Soluções da Oi, Marcelo Moraes; o vice-presidente de Relações Institucionais da Vivo, Renato Gasparetto; o diretor de Relações Institucionais da Vivo, Tiago Brocardo; o diretor de Relações Institucionais da Tim, Cleber Affanio; e o vice-presidente da Claro, Oscar Petersen.

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Rafael Bucco

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