Como banco de criptomoedas atrai clientes e dribla sazonalidade

Programa de incentivo do Bitybank devolve até 1% do valor gasto; até sexta-feira, 26 de maio, semana que marca o aniversário de 24 anos da primeira compra comercial com criptomoeda, cashback será em dobro

Compra no cartão de crédito do Bitybank em real dá cashback em criptomoeda

Com a meta de “chegar rápido” a 1 milhão de clientes, o Bitybank é um banco de criptomoedas que oferece serviços de negociação de moedas digitais, mas tem também produtos de um banco digital, como cartão de crédito, movimentações via Pix, recarga de celular ou pagamento de boletos. Por trás da oferta dessas funcionalidades está a estratégia de colocar a criptomoeda como opção no dia a dia do cliente. “Esses produtos acabam funcionando como uma porta de entrada para quem está começando a negociar criptomoedas” explica Israel Buzaym, diretor de comunicação e especialista cripto do Bitybank.

Criado em novembro de 2022 a partir da fusão de duas corretoras de criptomoedas, a Bitypreço e a Biscoint, o Bitybank tem mais de 500 mil clientes e uma carteira acima de 20 moedas digitais negociáveis. Nos últimos dois meses, transacionou um volume de R$ 2 bilhões de criptomoedas em março e R$ 1,5 bilhão em abril. “No ano passado, o volume global e o brasileiro foram baixos. Ainda assim, entre as corretoras brasileiras, fomos a que mais gerou volume de bitcon. Este ano está sendo bastante positivo e a meta é mantermos volumes parecidos com os de março e abril até o fim de 2024”, diz Buzaym.

Mercado de criptomoedas é sazonal

O resultado fraco das negociações de criptomoedas no ano passado tem explicação na sazonalidade desse mercado, caracterizados por momentos de euforia, seguidos de baixas. Em 2023, as corretoras de moedas digitais movimentaram um volume 36,5% menor do que ano anterior, de acordo com dados das consultorias The Block e DefiLlama.

Os ciclos econômicos das moedas virtuais acontecem aproximadamente a cada quatro anos. Eles são marcados pelo chamado halving do bitcoin. O mais recente deles, o quarto da história das criptomoedas, aconteceu no dia 19 de abril, cortando pela metade a emissão de bitcoins. A ação, que diminui as recompensas dos mineradores de cripto, é importante para a segurança da rede. Além disso, trazem a sensação de escassez e impulsionam a demanda pela moeda digital. “A expectativa é que venham muitas altas de preço, batendo uma máxima histórica no ano que vem”, afirma Buzaym.

Compra em real, cashback em criptomoedas

O cashback é outra estratégia do Bitybank para manter os clientes ativos no mercado de criptomoedas. O sistema não é nenhuma novidade no mercado brasileiro, nem mesmo no universo das moedas digitais. A diferença do modelo utilizado pelo Bitybank é que, mesmo que o cliente compre em real, pode receber a recompensa de até 1% do valor dos gastos em bitcoin.

Logo após uma compra, o valor é creditado instantaneamente na conta do cliente, que escolhe em qual das moedas digitais negociadas pelo banco quer receber. Os usuários do banco cripto também recebem recompensas em criptomoedas ao indicar novos clientes.

Disponível apenas na modalidade crédito à vista, em que não é possível parcelar a compra e o cliente deve ter saldo no banco em reais ou em criptomoedas para aprovação das compras, o cartão do Bitybank tem um limite que não ultrapassa R$ 5 mil.

Ainda que o volume de cashback seja limitado, Buzaym acredita ser um bom atrativo para manter os clientes ou até mesmo conquistar novos por causa da valorização das criptomoedas. “O bitcoin, por exemplo, valorizou cerca de 40% desde o início do ano. A solana, que é outra moeda que o cliente pode escolher para o cashback, aumentou 587% nos últimos 12 meses”, conta o executivo.

Até dia 26 de maio, semana que marca o aniversário de 24 anos da primeira compra comercial com criptomoeda, o cashback do banco será em dobro. O Bitybank não divulga quanto já distribuiu de cashback, mas garante que a instituição se beneficia da ação. “O que a gente repassa para o cliente de cashback é praticamente o que recebe da operadora do cartão e, em alguns casos, até um pouco mais. Mas as fintechs olham para o volume de transações”, afirma Buzaym.

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Simone Costa

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