XP demite mais de 700 e alega juros altos
A XP, plataforma de investimentos, demite mais de 700 empregados no primeiro trimestre deste ano, conforme o balanço divulgado. Segundo o CEO da empresa, na conferência à imprensa no dia de hoje, 16, ” as perspectivas permanecem desafiadoras no Brasil. Continuamos a enfrentar um ambiente de altas taxas de juros, semelhantes a outras economias ao redor do mundo”, disse Thiago Maffra.
Conforme relatos de funcionários nas redes sociais, o XP demite desde janeiro, mas o movimento mais forte de cortes tem acontecido há, pelo menos, duas semanas e afetou funcionários em diferentes níveis e anos de casa. Sites especializados indicam que as áreas mais afetadas foram experiência do usuário (UX), comunicações, engenharia de software e finanças.
No final de 2022, a XP informava em seu balanço que possuía 6.928 funcionários. No final do primeiro trimestre deste ano, estava com 6.146.
Em dezembro do ano passado, Guilherme Benchimol, fundador e presidente do conselho da XP, antecipava a iniciativa em mensagem. Durante uma reunião remota, naquela data, o executivo defendeu que a empresa precisaria de ajustes para se adequar ao cenário econômico. O fundador teria dito que agora o momento era de “suor e lágrimas”, e que seria necessário fazer “mais com menos”.
Na teleconferência, de hoje a XP sinalizou que não prevê cortes adicionais no quadro de colaboradores.
Resultado:
O lucro Líquido da XP caiu 7% no primeiro trimestre em relação ao mesmo período de 22, para R$ 796 milhões, 2% acima ao trimestre imediatamente anterior. A fintech declara que perdeu R$ 131 milhões com o o rombo das Americanas, o que impactou negativamente o seu lucro. O Ebitda foi de R$ 816 milhões no período. Novamente, sem o efeito “Americanas” o Ebitda seria de R$ 977 milhões informou a corporação.