WhatsApp diz que dados pedidos pela Justiça brasileira não existem
O WhatsApp divulgou um posicionamento sobre a prisão do vice-presidente do Facebook, Diego Dzodan, detido nesta terça-feira, 01 após a rede social não ter respondido à Justiça de Sergipe sobre pedidos de entrega de dados de usuários do WhatsApp. O aplicativo fez praticamente o mesmo comentário que o Facebook, considerando a medida desproporcional.
“Estamos desapontados pela Justiça ter tomado esta medida extrema. O WhatsApp não pode fornecer informações que não tem. Nós cooperamos com toda nossa capacidade neste caso, e enquanto respeitamos o trabalho importante da aplicação da lei, nós discordamos fortemente desta decisão”, diz o WhatsApp.
Por nota enviada pela assessoria de imprensa, o app explica que, apesar de ser uma empresa pertencente ao Facebook, opera de maneira independente. Diz, também, que não guarda as mensagens dos usuários e que adota sistema de critptografia que impete a interceptação das mensagens, inclusive pelo próprio serviço.
“O WhatsApp não armazena as mensagens dos usuários. Nós apenas mantemos as mensagens até que elas sejam entregues. A partir da entrega, elas existem apenas nos dispositivos dos usuários que as receberam. Além disso, estamos estendendo um forte sistema de criptografia de ponta a ponta, o que significa que as mensagens dos usuários são protegidas dos criminosos virtuais. Ninguém – nem o WhatsApp ou qualquer outra pessoa – pode interceptar ou comprometer as mensagens das pessoas. Isso significa que a polícia prendeu alguém com base em dados que não existem. Não podemos fornecer informações que não temos”, alega.
O caso – O Tribunal de Justiça do Sergipe determinou a prisão do VP do Facebook hoje, 01, após inúmeras tentativas de obter dados referentes a uma investigação criminal sobre tráfego de drogas entre estados. O processo corre em segredo de justiça. A prisão foi efetuada pela Polícia Federal nesta manhã, em São Paulo.