Vivo tem lucro de R$ 835 milhões no 1º trimestre, aumento de 11,3%

No primeiro trimestre, faturamento atinge R$ 12,7 bilhões, alta de 12,1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Investimentos, no trimestre, chegam a R$ 1,7 bilhão, direcionados ao reforço da rede móvel, especialmente para ativação do 5G e expansão da rede de fibra.

Loja Vivo Shopping Jardins - Crédito: Elisa Martins

A Vivo apresentou na noite desta terça-feira, 9, os resultados do primeiro trimestre de 2022, em que apurou lucro líquido, de R$ 835 milhões, avanço de 11,3% quando comparado com o mesmo período do ano anterior.

A receita total foi de mais de R$ 12,7 bilhões, crescimento de 12,1%, maior aumento nos últimos dez anos, resultante, entre outros fatores, da adição de clientes que vieram da Oi Móvel.

Os serviços core (fibra, móvel e serviços digitais), somados, renderam à empresa mais de R$ 11,9 bilhões, evoluindo 15,4% na comparação anual.

A receita líquida móvel somou R$ 8,8 bilhões, com crescimento de 16,3%, impulsionada pelo pós-pago, que alcançou R$ 6,4 bilhões, alta de 15,4%. No trimestre, a Vivo adicionou 738 mil novos acessos tanto pela migração de pré-pago para controle, quanto pelo saldo positivo de portabilidade de outras operadoras.

A companhia vem mantendo seu churn (métrica que calcula o número de clientes que cancelam serviço em um determinado período) em níveis mínimos históricos de 1,09% no segmento. No pré-pago, a receita somou R$ 1,5 bilhão, avanço de expressivos 18%, em função do crescimento da base de clientes, maior volume financeiro de recargas e incremento da receita média por usuário.

No balanço, a Vivo também destaca o desempenho da venda de smartphones compatíveis com 5G – que já representa 68% nas lojas – e de acessórios, o que contribuiu para um incremento de 20,6% na receita de aparelhos em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, totalizando R$ 854 milhões.

A receita líquida fixa foi de R$ 3,9 bilhões, avanço de 3,5%, sendo a maior alta dos últimos oito anos. A fibra (FTTH) gerou receita de R$ 1,5 bilhão, aumento de 17,7%. Durante os últimos doze meses, a Vivo conectou 813 mil domicílios, totalizando uma base de 5,7 milhões de casas e empresas conectadas.

Atualmente, a rede de fibra da companhia cobre 24,4 milhões de domicílios, em 436 cidades. Este desempenho, informa a empresa, foi impulsionado pela oferta Vivo Total, que reúne pós-pago e fibra, e que representou 76% das novas adições em fibra nas lojas físicas próprias entre janeiro e março.

A base de clientes segue crescendo. A companhia encerrou o trimestre com 112,3 milhões de acessos, alta anual de 12,3%, sendo 98 milhões da rede móvel, com crescimento de 14,9%. No pós-pago, a Vivo mantém a liderança nacional, registrando 41,8% de participação de mercado, equivalente a 58,8 milhões de acessos, alta de 15,4% na comparação anual.

“Nossa estratégia de focar nos serviços de fibra, móvel e digitais resultou em um desempenho histórico no trimestre: tivemos o maior crescimento de receita da última década, com expressiva elevação no EBITDA e no lucro. Alcançamos 24,4 milhões de domicílios cobertos com fibra, avançamos com o 5G e com a ampliação do portfólio de serviços digitais B2B, e expandimos a nossa atuação como hub digital nos segmentos de educação, financeiro, saúde e entretenimento”, explica o presidente da Vivo, Christian Gebara.

No 5G, a rede da Vivo está disponível em todas as capitais e nos municípios com mais de 500 mil habitantes. A empresa já deu início à ativação naqueles com mais de 200 mil, totalizando até o momento 58 cidades.

Os investimentos da companhia somaram R$ 1,7 bilhão no trimestre e foram direcionados ao reforço da rede móvel, com destaque para a ativação do 5G (nas cidades com mais de 200 mil habitantes) e para a expansão da rede de fibra.

Para 2023, a Vivo projeta um investimento total de até R$ 9 bilhões, seguindo a estratégia de reforço da qualidade da rede móvel, ampliação da cobertura 5G, expansão de domicílios conectados com fibra.

O EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) alcançou R$ 4,9 bilhões, um incremento de 9,6% quando comparado ao primeiro trimestre do ano passado, com margem de 38,9%. Os custos totais, excluindo gastos com depreciação e amortização, foram de R$ 7,8 bilhões no trimestre, um aumento de 13,7% no ano. O Fluxo de Caixa Operacional totalizou R$ 3,3 bilhões, alta anual de 23,7%.

Empresas, serviços digitais e streaming

A Vivo Empresas, unidade para o mercado corporativo, teve receita de R$ 813 milhões no trimestre, um aumento de 32% no comparativo anual, representando 6,4% da receita total da companhia no período.

Para consumidores finais, a companhia divulgou receitas com serviços financeiros de R$ 94 milhões no primeiro trimestre, um crescimento de 55% na comparação anual. A carteira do Vivo Money atingiu R$ 239 milhões em março de 2023, um aumento de 5,3 vezes em relação ao mesmo mês de 2022.

Em entretenimento, a companhia distribui aos seus clientes as principais opções de plataformas de conteúdo e streaming (OTTs), o que gerou receita de R$ 101 milhões nos três primeiros meses do ano, um avanço de 53%. Ao final de março, a empresa mantinha uma base com mais de 2,2 milhões de assinantes de serviços dessas plataformas.

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Rafael Bucco

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