Vivo tem alta de 47,2% no lucro com forte desempenho do setor móvel no 2º trimestre

Receita da operadora avançou 7,6% na comparação anual, chegando a R$ 12,73 bilhões; empresa adquiriu 930 mil acessos pós-pagos no trimestre, além de 760 mil novos assinantes de banda larga em fibra óptica no acumulado de 12 meses
Lucro da Vivo cresce 47,2% no 2 trimestre de 2023
Setores móvel, fixo e B2B puxaram o lucro da Vivo no 2º trimestre (crédito: Divulgação)

A Vivo divulgou, nesta terça-feira, 25, os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano, período em que obteve lucro líquido de R$ 1,12 bilhão, alta de 47,2% em relação ao mesmo período do ano passado (R$ 763 milhões).

A receita operacional líquida avançou 7,6%, totalizando R$ 12,73 bilhões. O desempenho foi puxado, principalmente, pelo crescimento da receita do serviço móvel, que avançou 10,4% no período, somando R$ 8,92 bilhões.

O grande destaque foi o segmento pós-pago, cuja receita registrou alta de 13,3%. Segundo a Vivo, o resultado foi impactado pelo aumento da base de clientes, tendo em vista que a operadora adquiriu 930 mil acessos pós-pagos no trimestre, o que inclui a migração de clientes do serviço pré-pago para o controle, além do saldo positivo da portabilidade de linhas.

Com isso, a companhia encerrou o segundo trimestre com 98 milhões de acessos móveis (60 milhões pós-pagos).

A empresa também ressaltou que a receita do setor móvel foi beneficiada pelo reajuste dos preços do serviço e pelo “churn no menor nível histórico” (1%).

O faturamento do segmento pré-pago, por sua vez, teve queda de 1,6%, como consequência da migração de clientes para o plano controle. A venda de smartphones contribuiu para um aumento de 7% na receita de aparelhos, dos quais 74% são compatíveis com 5G.

Serviço fixo

A receita líquida do setor fixo cresceu 2,3%, totalizando R$ 3,80 bilhões. A Vivo atribui a alta à estratégia com foco nos negócios de fibra óptica e serviços digitais corporativos.

Inclusive, a receita de FTTH (fiber to the home) aumentou 14,3% no segundo trimestre, em função do crescimento da base de clientes e do reajuste anual do preço. Nos últimos 12 meses, a rede de fibra da Vivo conectou 760 mil novos clientes e chegou a 85 novas cidades. Com isso, a cobertura está presente em 439 municípios, com 5,8 milhões de casas conectadas. No geral, as casas passadas (home passed) chegaram a 24,7 milhões.

Além disso, mesmo com redução da base de assinantes (-2,2%), a receita de IPTV registrou alta anual de 1,3%, com apoio dos novos preços mais elevados. O segmento B2B, por sua vez, cresceu 15,1%, totalizando R$ 1,04 bilhão.

“O crescimento das receitas valida a nossa estratégia de oferecer a melhor infraestrutura para aproximar as pessoas e as empresas de um portfólio que vai muito além da conectividade. Mantemos nossa visão de longo prazo quanto às oportunidades que a transformação digital pode gerar no Brasil”, diz Christian Gebara, presidente da Vivo, em comunicado à imprensa.

EBITDA e capex

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) ajustado somou R$ 5,08 bilhões no segundo trimestre, avançando 11,1% na comparação anual. Com isso, a margem ficou em 39,9%, alta de 1,2 ponto percentual em relação ao mesmo período de 2022 (38,7%). “O desempenho reflete o forte crescimento da receita de serviço móvel de 10,4% e o contínuo controle de custos”, afirma a Vivo.

Os investimentos realizados no intervalo de abril a junho, no entanto, caíram 8,6%. O montante de R$ 2,35 bilhões representa 18,5% da receita operacional líquida. Para 2023, a operadora prevê desembolsar até R$ 9 bilhões em investimentos. No primeiro semestre, direcionou 44% desse total (R$ 4,03 bilhões) na ativação do 5G e na expansão da rede de fibra.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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