Vivo integra centro de segurança do Brasil a rede mundial de SoCs da Telefónica
A Vivo anunciou hoje, 14, a chegada da Elevenpaths ao país. A unidade fará parte da divisão B2B da subsidiária brasileira e vai ampliar o portfólio de produtos e serviços de cibersegurança da operadora. Além de trazer novos produtos, a chegada da marca representa a interconexão do Centro de Operações de Segurança (SoC) local da Telefônica à rede mundial do grupo, composta por mais 10 unidades.
Com a integração do SoC brasileiro, a operação da Vivo passa a fazer parte das alianças Cyber Threat e Telco Security, em que grandes operadoras globais trabalham em conjunto para identificar e prevenir ameaças. A tele vai ser um braço da oferta global do grupo espanhol em cibersegurança.
A meta também é fazer a Vivo crescer no segmento de serviços gerenciados. Hoje a empresa é a quinta colocada em market share desse mercado, e espera alcançar a liderança em pouco tempo. A expectativa de Alex Salgado, vice-presidente de B2B da Vivo, é atrair parte dos 1,2 mil clientes corporativos que atualmente já recorrem a produtos de sua divisão para as ofertas de cibersegurança.
Entram no portfólio de produtos e serviços o paintest, que permite verificar a robustez de uma rede, e o gerenciamento de serviços para adequar uma empresa às exigências da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) – que tem exigências similares à GDPR europeia.
IA com certeza, Blockchain em dúvida
A Elevenpaths era uma empresa de segurança digital fundada pelo hacker Chema Alonso. Em 2013 foi incorporada pelo grupo espanhol Telefónica, transformando-se na marca de cibersegurança da companhia em todo o mundo. Os produtos já eram vendidos nos outros mercados da América Latina onde a operadora atua. O Brasil foi o último mercado onde chegou.
A unidade de negócio é responsável por 10% das patentes do grupo de telecomunicações, mas não há previsão de criação no Brasil de um centro de pesquisas – este continuará na Espanha. Segundo Chema Alonso, a maioria dos produtos da Elevenpaths é proprietária. Atualmente, sua equipe desenvolve soluções que usem machine learning e inteligência artificial e estuda o blockchain.
“Há ainda muita discussão sobre o uso do blockchain em segurança por conta de riscos de manipulação da rede do blockchain ou da latência que o conceito carrega. Os pesquisadores estão em dúvida sobre sua robustez e escalabilidade”, disse por teleconferência durante evento em São Paulo.