DTH: Vivo diz que Anatel confunde universalização com isonomia

Para o grupo, a Anatel, ao obrigar as operadoras de DTH a distribuir gratuitamente para seus assinantes os conversores híbridos, estaria forçando as empresas a universalizar um serviço que não é o delas.

shutterstock_ kentoh_abstrataFazer com que as operadoras de TV paga via satélite – DTH – distribuam gratuitamente o conversor híbrido (que permite captar os sinais de satélite e os sinais da TV terrestre), para que possam ser captados todos os canais locais das emissoras abertas de TV, poderá inviabilizar  economicamente o DTH. Essa posição foi apresentada pelo grupo Telefônica Vivo, à consulta pública da Anatel, que modifica o regulamento do SeAC (Serviço de Acesso Condicionado), e cujo prazo de contribuições terminou ontem, 12.

Para o grupo, a Anatel, ao obrigar que as empresas de DTH distribuam gratuitamente essa caixinha aos clientes, estaria desestimulando a atuação do setor privado. ” Não é o SeaC que deve universalizar a radiodifusão”, alega o grupo.

Para a operadora, a Anatel não pode confundir a necessidade de as operadoras de TV paga tratarem com isonomia os canais de TV abertas, com a política de universalização. “Isonomia deve ser tratada com os que são materialmente semelhantes”, afirma o grupo.

No entender da Telefônica Vivo, o Poder Público e os radiodifusores é que deveriam  universalizar o serviço de TV aberta. “Deveria haver metas, obrigações e fiscalização sobre essas metas de cobertura”, conclui.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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