Vivo defende respeito à autonomia do órgão regulador

Para José Gonçalves Neto, os acordos negociados com a Anatel devem ser preservados.

TeleSintese-ETS49-foto-Gabriel-Jabur-painel1-09A Telefônica Vivo defende a desoneração regulatória como uma das medidas para garantir  o uso eficiente do capital em áreas de maior impacto social, mas acredita que qualquer que seja a alternativa, o respeito à autonomia do órgão regulador deve estar assegurada. ” É preciso que se preserve os acordos já negociados”, assinalou José Gonçalves Neto, diretor da operadora, durante o Encontro Tele.Síntese.

Para o executivo, é preciso corrigir o rumo de algumas medidas regulatórias, como as políticas de controle do atacado, o modelo de custos e o compartilhamento de ganhos do Fator X. Ele apontou ainda que há  incertezas quanto ao papel das empresas públicas. “A regulação da oferta de atacado deve ser feita sem entrave à expansão da rede”, defendeu.

Neto avalia também que a adoção de leilão reverso para a contratação de investimentos em banda larga deve ser feita apenas com as verbas dos fundos públicos, pois se forem usados outros recursos, como do TAC (termos de condutas)  ou da concessão, essa transferência de dinheiro entre agentes privados vai provocar uma grande discussão jurídica “que não vai ajudar o processo”, concluiu.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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