Vivo aposta na geração de insights para levar IoT ao Agro

Operadora já cobre 19 milhões de hectares com NB-IoT, mas recorre também a outras tecnologias baseadas no LTE

A Vivo tem investido no desenvolvimento de soluções de Internet das Coisas (IoT) que vão além da mera conectividade para o agro. Na operadora, é consenso que além de conectar, os dados obtidos pelos dispositivos precisam passar por uma análise  a fim de o investimento feito pelos produtores ser revertido em eficiência e aumento de produção.

Adriano Pereira, Diretor de IoT, Big Data e Inovação B2B da Vivo (na foto acima), lembrou hoje, 12, no evento IoT e as Redes Privativas, realizado em São Paulo pelo Tele.Síntese, de estudo da Embrapa pelo qual haverá, em 2025, um aumento de produtividade no campo de 30% em função do uso de tecnologias conectadas.

“Mas apenas a conectividade não gera insights, e não resulta em ganhos de eficiência”, ressaltou. Para integrar os dados e extrair valor deles, a Vivo propõe o uso do COA, um software de gestão agrícola, capaz de monitorar e controlar sensores no campo de solo e clima, câmeras de segurança perimetral ou mesmo automação de tarefas como irrigação, plantio, colheita e transporte.

Segundo o executivo, a IoT pode fazer o monitoramento em tempo real, rastrear a produção a fim de garantir sua certificação, fornecer informações relevantes para a tomada de decisão, inclusive em relação ao escoamento da produção no mercado. Além do mais, os sensores aperfeiçoam a agricultura de precisão, podem levar a eficiência energética e automação de processos – trazendo economia às fazendas.

Atualmente, a Vivo oferece qualquer tipo de conexão para o agro, falou. Pereira diz que a operadora pode levar rede NB-IoT ou LTE-M, baseadas no 4G. Esta última vem para substituir os acessos 2G. Mas também é possível levar o 4G completo, para ocasiões que demandam mais velocidade, voz e texto.

Por fim, a implantação contratada de rede 5G já está disponível, embora este uso seja mais específico. Ele recomenda para soluções que demandam concentração muito grande de dispositivos conectados transmitindo dados a baixíssima latência. A própria tele faz a venda consultiva, a fim de dimensionar a rede e os sistemas ideias para cada produtor.

Cobertura

Hoje, a Vivo alcançou cobertura de 6,9 milhões de hectares cobertos com LTE. São 573 sites em áreas rurais, e 182 estações dedicada a produtores do agro. São Paulo e Minas Gerais são os estados com mais ampla cobertura, seguidos por Rio Grande do Sul, Goiás, Mato Grosso e Pará. Segundo Adriano, com outras tecnologias, a cobertura cresce mais. Em LTE-M, por exemplo, são 9,2 milhões de hectares instalados, e em NB-IoT, 19,1 milhões.

O evento IoT e as Redes Privativas acontece presencialmente nesta terça. Amanhã, o evento continua online. Ainda é possível se registrar aqui.

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Rafael Bucco

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