Viasat espera fechar novo contrato com Telebras até 6 de fevereiro

A operadora norte-americana estuda até fabricar internamente as antenas WiFi, para baratear os custos do projeto. Hoje, foi inaugurado o Centro de Operações Espaciais Principal (Cope-P) do SGDC.

A Viasat espera que até 6 de fevereiro tenha conseguido renegociar com a Telebras as cláusulas contratuais que precisarão de mudanças por determinação do  Tribunal de Contas da União (TCU)  Hoje, Lisa Scalpone, vice-presidente de serviços residenciais e diretora-geral para o Brasil, participou da solenidade de entrega do Centro de Operações Espaciais Principal (COPE-P). Esse centro abrigará as operações e o monitoramento do SGDC,o Satélite Geoestacionário de Defesa e Comunicações Estratégicas da estatal.

Conforme Lisa, a Viasat continua comprometida com o Brasil e com o seu projeto de banda larga via satélite, mas a executiva admite que encontrar a equação correta que possa atender às mudanças determinadas pelo TCU sem comprometer a viabilidade econômica do projeto, será uma tarefa difícil.

Além das cláusulas em si que precisarão ser mudadas (entre elas, o preço final a ser cobrado do usuário e o retorno para a Telebras), passado quase um ano desde a assinatura do contrato também mudaram as condições do mercado brasileiro. “Estamos buscando atender a todas as questões apontadas pelo TCU, mas há o risco de o negócio não se tornar economicamente viável”, admitiu a executiva.

Ela disse que a empresa já internalizou vários equipamentos em território brasileiro, e que busca até mesmo alternativas para a fabricação local pelo menos das antenas de WiFi, mas ainda não encontrou fornecedores. Lisa disse que o acordo não pode ser fatiado – o atendimento dos compromissos do GESAC (levar a banda larga para as escolas e postos de saúde, com pelo menos 11 mil pontos)  e as ofertas comerciais com instalação das antenas em pequenas localidades.

Segundo a Telebras, com a entrega da estrutura operacional do COPE-P, fica completa a infraestrutura terrestre do SGDC, que compreende ainda o Centro de
Operações Espaciais Secundário (COPE-S), no Rio de Janeiro, e as gateways
(estações de acesso) em Campo Grande (MS), Florianópolis (SC) e Salvador
(BA). A segunda e última etapa do COPE-P consistirá na entrega das áreas
administrativas do complexo, não impeditivas para o início das operações via
satélite. Esta entrega final está prevista para o primeiro semestre de 2019.

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Miriam Aquino

Jornalista há mais de 30 anos, é diretora da Momento Editorial e responsável pela sucursal de Brasília. Especializou-se nas áreas de telecomunicações e de Tecnologia da Informação, e tem ampla experiência no acompanhamento de políticas públicas e dos assuntos regulatórios.
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