Viasat compra a Inmarsat por US$ 7,3 bilhões

A empresa resultante da combinação será dona de 19 satélites operando nas bandas K, L e S. Outros 10 satélites estão em construção e serão colocados em órbita nos próximos três anos.

Inatel

A Viasat comunicou ao mercado nesta segunda-feira, 8, que adquiriu a Inmarsat por US$ 7,3 bilhões – o que equivale a pouco mais de R$ 40 bilhões pelo câmbio atual. O negócio prevê pagamento em dinheiro de apenas US$ 850 milhões, no entanto. O resto do valor será pago com troca de ações e a assunção, por parte da Viasat, da dívida de US$ 3,4 bilhões da Inmarsat.

Os acionistas da Inmarsat terão, ao fim da transação, 37,5% das ações da Viasat. A previsão das empresas é concluir o negócio em meados de 2022, após aval regulatório, antitruste e de acionistas.

O resultado do negócio será a fusão das operadoras de satélite. Segundo as empresas, a nova gigante do setor terá mais oportunidades na prestação de serviços móveis, fixos, de banda larga residencial e de internet das coisas. As constelações de ambas as companhias, bem como as frequências outorgadas, suas redes e estações terrestres, serão integradas.

Os negócios das operadoras são complementares. A Viasat atende principalmente governos, residências e o setor de aviação civil na América do Norte. A Inmarsat, por sua vez, tem contratos de mobilidade onde não há rede móvel, ou seja, conecta navios, aviões, trens, além de plataformas oceânicas em todo mundo. Operadora britânica, também atende governos, tem produtos focados em IoT e setor corporativo.

A empresa resultante da combinação será dona de 19 satélites operando nas bandas K, L e S. Outros 10 satélites estão em construção e serão colocados em órbita nos próximos três anos.

Para que o negócio seja aprovado por autoridades reguladoras do Reino Unido, a Viasat se compromete a manter a sede da Inmarsat, equipe e investir no desenvolvimento de tecnologia no país. Pretende ampliar não apenas a sede britânica, mas também os negócios na Austrália, no Canadá, na Europa, no Oriente Médio, na África e na Ásia.

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Rafael Bucco

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