Vendas no varejo sobem 1% e fecham primeiro tri em alta

O varejo fecha o primeiro trimestre com aumento de 1,3% na comparação com o mesmo período de 2021, segundo o IBGE.
Vendas no varejo sobem 1% e fecham primeiro tri em alta - Crédito: Freepik
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O volume de vendas do varejo no país cresceu 1,0% em março, na comparação com fevereiro, apresentando o terceiro mês consecutivo de alta. Já março teve alta de 4,0% contra o mesmo mês do ano passado. Dessa forma, o setor fecha o primeiro trimestre com aumento de 1,3% na comparação com o mesmo período de 2021. Os dados são da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta terça-feira, 10, pelo IBGE.

No comércio varejista ampliado, que inclui, além do varejo, as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, o volume de vendas apresentou aumento de 0,7% frente a fevereiro.

Para o gerente da pesquisa, Cristiano Santos, a terceira alta consecutiva chama a atenção, já que não acontecia desde maio a outubro de 2020 (cinco meses consecutivos), período de recuperação do varejo após as grandes quedas registradas no auge da pandemia da Covid-19.

“A trajetória vinha sendo claudicante, irregular. Esses três meses de alta significam um trimestre forte, embora os crescimentos ainda não sejam homogêneos entre todas as atividades”, explica. Em março, o setor ficou 2,6% acima do patamar pré-pandemia, de fevereiro de 2020. O varejo ampliado registrou 1,7%. No entanto, relembra Cristiano, a recuperação ainda não é difundida entre as atividades, já que seis setores estão abaixo do patamar pré-pandemia, e quatro, acima, considerando o comércio varejista ampliado.

Na passagem de fevereiro para março, seis das oito atividades apresentaram alta. Destaque para o desempenho de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação e para outros artigos de uso pessoal e doméstico, com altas de 13,9% e 3,4%, respectivamente. Neste último, explica Cristiano, houve boa contribuição das lojas de departamentos. “As grandes varejistas começaram a ensaiar uma retomada das lojas físicas, com expansão principalmente no Nordeste e Norte, mas em todo o país”.

Já no setor de material de escritório e informática, o movimento é de reposicionamento após alguns meses de queda. “Captou-se grandes promoções, já que o dólar não valorizou ante o real no período, pelo contrário. Com isso, artigos dessa natureza costumam ficar mais acessíveis”, justifica Cristiano.

Outros setores que apresentaram alta em março foram livros, jornais, revistas e papelaria (4,7%), combustíveis e lubrificantes (0,4%), móveis e eletrodomésticos (0,2%) e tecidos, vestuário e calçados (0,1%). Por outro lado, duas atividades diminuíram o volume de vendas: hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,2%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (-5,9%).

Alta abrange sete das oito atividades

Na comparação com março de 2021, a alta de 4% no volume de vendas do comércio varejista atingiu sete das oito atividades. O maior crescimento foi no setor de tecidos, vestuário e calçados (81,3%), que apresentou a terceira alta consecutiva e, em março, deu a maior contribuição dentre todas as atividades: foi responsável por três pontos percentuais do total do comércio varejista.

Também tiveram alta na comparação com o ano passado as atividades de livros, jornais, revistas e papelaria (36,1%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (8,9%), equipamentos e material para escritório informática e comunicação (16,2%), móveis e eletrodomésticos (6,7%), combustíveis e lubrificantes (6%) e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (1,5%).

Nesta comparação, apenas hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-3,4%) teve queda. Já no comércio varejista ampliado, o aumento de 4,5% nas vendas frente a março de 2021 foi seguido tanto por veículos e motos, partes e peças (7,3%) quanto por material de construção (1,2%).

Vendas crescem em 19 unidades da federação

Na passagem de fevereiro para março, 19 unidades da federação (UF) tiveram alta, com destaque para Goiás (3%), Roraima (2,8%) e Pernambuco (2,5%). No campo das quedas, foram sete UFs, com o Amazonas (-3,2%) marcando a maior redução, seguida por Distrito Federal (-1,5%) e Bahia (-1,2%). O Pará apresentou estabilidade (0,0%).

Já na comparação com março de 2021, 24 UFs tiveram alta. As maiores foram do Ceará (20,4%), do Distrito Federal (19,6%) e do Amapá (17,9%). Os três estados que apresentaram queda foram Amazonas (-6,8%), Sergipe (-4,4%) e Rio de Janeiro (-3,5%).

(com Agência IBGE)

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Redação DMI

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