Venda da Oi Móvel: Gebara vê com naturalidade prorrogação da análise pelo Cade

Para o presidente da Vivo, negócio foi estruturado de forma a atender a regulação do setor e a legislação concorrencial do país

Outro ponto comentado pelo presidente da Telefônica Vivo, Christian Gebara, na conferência dos resultados do terceiro trimestre, ocorrida hoje, 28, foi o pedido de prorrogação do prazo de análise da venda da Oi Móvel.

A área técnica do Cade solicitou um adicional de 90 dias para elaborar seu parecer sobre a questão. Com isso, uma decisão final do Tribunal do Cade não deve sair antes de fevereiro de 2022. A expectativa anterior de Claro, TIM, Vivo e Oi, envolvidas no negócio, era que a aprovação ocorresse ainda em novembro deste ano.

Gebara afirmou aos analistas financeira nesta quinta, porém, que é natural uma transação desse tipo levar mais tempo para ser analisada. Ele se disse confiante, no entanto, de que o negócio será aprovado.

“A tramitação no Cade, como está acontecendo, é padrão para uma operação desse tamanho. Estamos interagindo com o time do órgão. A operação foi bem planejada para aprovação regulatória e no Cade. São procedimentos normais em uma transação desse porte”, enfatizou.

A Oi Móvel foi vendida pela Oi no final de 2020, por R$ 16,5 bilhões em um leilão resultante de seu processo de recuperação judicial. As rivais Claro, TIM e Vivo sem juntaram para comprar o ativo. O negócio estrutura prevê a divisão de clientes e torres da Oi Móvel entre as três, e de espectro entre TIM e Vivo. Tanto o Cade, quanto a Anatel, analisam no momento o negócio.

Na Anatel a tramitação parece avançar mais rapidamente. A área técnica do regulador já elaborou um parecer, no qual recomenda a aprovação do negócio, mas sugere remédios pós-transação relacionados ao mercado de atacado, como antecipou o Tele.Síntese em setembro.

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Rafael Bucco

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