Vem aí o beyond banking
O beyond banking, ou, em tradução livre, o banco para além dos serviços financeiros, é o futuro que chegará inexoravelmente, mas uma profusão de outras oportunidades abre-se para as fintechs antes dele se consolidar disse hoje Bruno Diniz, sócio diretor da Spiralem, durante o primeiro dia do Frebaban Tech. “Com o beyond banking, as instituições irão entregar lifetime value para seus clientes”, afirmou.
Mas até que se ofereça valor para toda a vida do cliente, diferentes caminhos estão sendo trilhados pelas empresas financeiras inovadoras como, por exemplo, o tratamento de serviços financeiros como plataformas de software.
O open finance é também outra etapa que irá trazer uma grande mudança ao ecossistema financeiro, avalia Diniz, e essa mudança ocorrerá com a entrega da inteligência na ponta. “O open finance trará as pessoas para o produto financeiro sem que precisem ser cliente das instituições financeiras”, prevê.
Outra tendência que começou é a criptoeconomia, e as instituições financeiras já estão abraçando os ativos digtiais, e já começam a ofertar produtos cripto. Segundo ele, algumas instituições já começam a oferecer o cripto as a service.
A Web 3.0 – que pode ser traduzida como a Web semântica, também irá promover grandes transformações no mercado, quando os grandes players da internet – como Google e Meta ou Amazon – passam a oferecer transações financeiras no core, ou coração, da internet . “Poderemos vislumbrar a finança tradicional no front end e a finança descentralizada no back end”, prevê.
Pesquisa Febraban
Sete em cada dez operações bancárias feitas no Brasil em 2021, de um total de 119,5 bilhões de transações, foram realizadas pela internet e pelo celular, revela o terceiro volume da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2022, conduzida pela Deloitte. Houve ainda o crescimento de 28% nas operações com smartphones, que totalizaram 67,1 bilhões e representam 56% do total. As transações por internet banking aumentaram 6%.