Unifique teve lucro de R$ 145 milhões em 2023, alta de 10,3%

Unifique divulgou resultados de 2023, com alta também em receitas e redução do churn, mesmo afetada por eventos climáticos extremos que assolaram o Sul no final do ano passado

(crédito: Divulgação)

A operadora catarinense Unifique divulgou nesta quarta-feira, 20, o resultado de 2023, no qual apurou lucro de R$ 145,1 milhões. O valor é 10,3% superior ao registrado em 2022.

A receita líquida de vendas somou R$ 883,15 milhões, alta de 23,2%. O EBITDA, lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações, foi de R$ 440,5 milhões. Cresceu 2,7%.

A companhia fechou 2023 com 3,34 milhões de HPs (casas aptas a assinar seus serviços de fibra óptica), aumento de 24,2% sobre o fim de 2022. A quantidade de assinantes aumentou 18,8%, para 719,29 mil, o que significa um “take up rate”, ou taxa de ocupação de 21,5%, menor que os 22,5% do ano anterior. A aquisição da Vex por R$ 25,2 milhões, no final do ano, não aparece no aumento da base. Os 28 mil clientes da empresa foram incorporados em janeiro de 2024.

Em compensação, a Unifique reduziu de 1,81% para 1,72% o churn de acessos, ou seja, a rotatividade de clientes.

A operadora regional, compradora de um lote de frequência de 3,5 GHz para implantação do 5G no país, lembra que em fevereiro deste ano ativou em Timbó (SC), cidade sede, sua rede móvel. Ali, testa a viabilidade comercial de ofertas baseadas em planos individuas e combinados de celular mais banda larga fixa por fibra óptica.

A companhia também ressalta que o final do ano foi impactada pelos eventos climáticos extremos que afetaram o Sul do país. Santa Catarina e Rio Grande do Sul sofreram com enchentes em outubro e novembro. As intempéries causaram danos à rede, obrigando o deslocamento de equipes e reduzindo a capacidade da Unifique de conectar novos clientes, a fim de recuperar a rede dos assinantes contratados. Com isso, boa parte das novas ativações foram feitas em dezembro, e uma parcela em janeiro deste ano, não contabilizada no balanço de 2023.

“O trabalho intenso da equipe operacional foi fundamental para reduzir a indisponibilidade do serviço e com reflexos positivos na manutenção do churn em patamares razoáveis”, descreve a companhia no relatório.

Independente dos fenômenos climáticos, a Unifique pisou no freio em 2023 quando o assunto é expansão da rede. A empresa construiu 83,2% menos portas no quatro trimestre, comparado ao mesmo período do ano anterior. Em compensação, com a compra de ISPs, incorporou 55,3 mil portas.

“A companhia vem direcionando suas atividades de engenharia na reorganização de redes adquiridas com a otimização de pontos de presença PoPs e abertura de portas FTTA (fiber to the apartment) e FTTH nas cidades em que já atua”, descreve.

O endividado da Unifique é baixo. Terminou 2023 em 0,66x o EBITDA. A dívida líquida soma R$ 299,7 milhões.

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Rafael Bucco

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