Unifique tem lucro de R$ 41 milhões no 2º trimestre, alta de 37,5%

Faturamento da operadora avançou no varejo (16,4%) e no setor corporativo (20,5%); churn na banda larga caiu para 1,55%, e telefonia móvel, ainda em estágio inicial, começa a gerar as primeiras receitas
Unifique amplia lucro em 37,5% no 2º trimestre
Lucro e receitas da Unifique crescem no 2º trimestre (crédito: Daniel Zimmermann)

A Unifique registrou lucro líquido de R$ 41,1 milhões no segundo trimestre deste ano, alta de 37,5% em relação ao mesmo período do ano passado, conforme balanço financeiro divulgado nesta quarta-feira, 7. No primeiro semestre, o lucro cresceu 39,9%, somando R$ 78,5 milhões.

Entre abril e junho, na comparação com o mesmo intervalo do ano anterior, a receita operacional líquida teve expansão de 18,2%, alcançando R$ 255,1 milhões. No varejo (B2C), o faturamento bruto cresceu 16,4%, chegando a R$ 249,2 milhões. No setor corporativo (B2B), a receita bruta teve alta de 20,5%, totalizando R$ 66,3 milhões.

A Unifique cresceu em todas as principais verticais de receita de telecomunicações. Os serviços de banda larga, carro-chefe da empresa, registraram expansão de 15,7%, somando R$ 255,8 milhões. Telefonia fixa (35,4%), TV e mídia (26,6%) e serviços de data center (44,6%) também registraram alta.

Ainda em estágio inicial, a operação de telefonia móvel gerou R$ 1,1 milhão em receitas no segundo trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) alcançou R$ 122 milhões, alta de 17,8% ante o segundo trimestre de 2023. A margem ficou em 47,9%, 0,2 ponto percentual abaixo da observado há um ano (48,1%).

A Unifique encerrou o segundo trimestre com um endividamento total de R$ 881,1 milhões, alta de 37,3% em relação ao primeiro trimestre deste ano. O índice foi puxado pelo aumento de 90,6% em empréstimos e financiamentos, que chegaram a R$ 572,2 milhões em junho, em razão da terceira emissão de debêntures, no valor de R$ 300 milhões, em maio.

O capex somou R$ 81,5 milhões no segundo trimestre, avanço de 19,9% na comparação anual. Os investimentos totais, incluindo aquisição de participações societárias, totalizaram R$ 122,2 milhões, alta de 21,6%.

Operacional

Ao término do segundo trimestre, a Unifique contava com 761,5 mil clientes de banda larga fixa. A base cresceu 10,4% ante o mesmo período do ano passado.

Inclusive, entre abril e junho deste ano, a operadora registrou crescimento orgânico de 8.591 acessos, acelerando em relação ao mesmo intervalo de 2023 (6.150 clientes) e ao trimestre inicial de 2024 (5.627). “O crescimento orgânico ocorreu predominantemente nos meses de abril e junho, visto que o mês de maio foi marcado por dificuldades na ativação de clientes por conta das enchentes no estado do Rio Grande do Sul”, informa a empresa.

O churn (taxa de cancelamentos) caiu para 1,55% no segundo trimestre, abaixo dos índices apurados no segundo trimestre do ano passado (2%) e no primeiro trimestre deste ano (1,81%).

O total de casas passadas (isto é, residências que podem contratar o serviço de banda larga) chegou a 3,45 milhões, alta anual de 9,5%.

No que diz respeito à telefonia móvel, a Unifique tinha 31,6 mil clientes ao fim do segundo trimestre – a operação estava disponível em apenas quatro cidades de Santa Catarina. A base cresceu 149,4% em relação ao primeiro trimestre, quando a operadora tinha 12,6 mil acessos no serviço 5G.

Na atualidade, o 5G da empresa já funciona em seis cidades, das quais cinco estão no território catarinense (Garuva, Guabiruba, Timbó, Tijucas e São João do Itaperiú). A operação no Rio Grande do Sul começou por Taquari, no início de agosto.

No balanço, a Unifique ainda destaque que, em julho, obteve autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para usar, em caráter secundário, a frequência de 700 MHz em 565 cidades catarinenses e gaúchas.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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