Unifique mira 300 mil chips ativos de telefonia móvel em 2025

Operadora vai acelerar implantação de antenas e estima receita de R$ 65 milhões a R$ 80 milhões com telefonia celular no ano que vem; meta é alcançar 3 milhões de acessos móveis até 2030
Unifique apresenta planos ambiciosos para operação de telefonia móvel
Unifique busca ter 3 milhões de usuários de telefonia móvel até 2030 (crédito: Unifique)

Após quase dobrar a base de usuários do seu serviço de telefonia móvel no terceiro trimestre (59,7 mil) em relação ao segundo trimestre (31,6 mil), a Unifique divulgou metas para alavancar a operação pelos próximos anos. A curto prazo, a operadora planeja alcançar 100 mil acessos até dezembro deste ano e chegar a 300 mil chips ativos até o fim de 2025.

No horizonte mais distante, o objetivo é contar com uma base de 3 milhões de usuários até 2030.

“Vamos ter que acelerar um pouco as vendas [no quarto trimestre deste ano]. Ainda temos algumas dificuldades de sistema, estamos lapidando, mas devemos ter melhorias em novembro. Isso vai nos ajudar em um futuro não distante”, afirmou Fabiano Busnardo, diretor-presidente da Unifique, nesta quinta-feira, 7, em conferência com analistas sobre os resultados do terceiro trimestre.

Segundo o executivo, o serviço de telefonia móvel deve gerar, no consolidado de 2024, R$ 8 milhões em receitas para a empresa – no segundo e no terceiro trimestres, os faturamentos somaram R$ 1,1 milhão e R$ 2,8 milhões, respectivamente.

Em 2025, a projeção de receita com planos de celular vai de R$ 65 milhões a R$ 80 milhões. Para 2026, a empresa estima obter R$ 200 milhões com serviços móveis.

Atualmente, a empresa tem comercializado apenas o plano pós-pago, com tíquete médio de R$ 40. No terceiro trimestre especificamente, 80% das vendas de chips integraram combos com banda larga fixa.

Busnardo revelou que, no momento, a rede celular da Unifique opera com 67 estações rádio base (ERBs), distribuídas em oito cidades. O executivo ainda disse que a empresa fechou contrato com torreiras para acelerar a implantação da rede móvel. “A gente acredita que isso vai dar mais celeridade para implantação das novas ERBs e, consequentemente, incentivar um pouco mais o crescimento dessa vertical, que é a nossa grande aposta para o futuro”, afirmou.

O diretor-presidente ainda indicou que “o grande ano do 5G para a Unifique” deve ser 2026, quando a infraestrutura estiver mais disseminada e as “vendas funcionando muito bem”.

Fibra óptica

No segmento de banda larga fixa, carro-chefe da empresa, a Unifique celebrou a adição de clientes no terceiro trimestre (15,1 mil acessos orgânicos). A perspectiva é repetir esse número no período de outubro a dezembro.

No que diz respeito à expansão inorgânica, Busnardo ressaltou que a empresa tem “apetite e balanço” para fazer aquisições de provedores, mas considera o momento “um pouco complicado”.

“Hoje, nos sentimos confortáveis para voltar a olhar com mais atenção esse mercado [de provedores] em busca de oportunidades, principalmente localizadas na região Sul, para aumentar a nossa penetração e entrar em cidades que não atendemos. Acreditamos que, sim, é uma possibilidade, mas é um momento em que os ativos estão menos valorizados”, avaliou.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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