União Europeia planeja lançar constelação própria de satélites LEO até 2027

Aprovado pelo Conselho da UE, programa de conectividade segura prevê formação da constelação IRIS², a qual deve providenciar velocidade ultrarrápida e baixa latência
União Europeia deve pôr satélites em órbita até 2027
União Europeia deve pôr satélites da constelação IRIS² em órbita até 2027 (crédito: Freepik)

O Conselho da União Europeia (UE) aprovou, nesta terça-feira, 7, um regulamento que permite que a o bloco lance uma constelação de satélites de telecomunicações até o ano de 2027.

Na prática, o Conselho deu aval para que a UE ponha em prática o programa de conectividade segura previsto para o período de 2023 a 2027. Com isso, o bloco deve lançar ao espaço uma constelação de satélites chamada IRIS² (sigla para Infraestrutura de Resiliência, Interconectividade e Segurança por Satélite).

A expectativa é de que a IRIS² providencie velocidade ultrarrápida, baixa latência e serviços de telecomunicações altamente seguros.

Segundo o Conselho, a segurança dessas comunicações será providenciada por tecnologias avançadas de criptografia, incluindo criptografia quântica, um método que usa as propriedades da mecânica quântica para proteger e transmitir dados de forma que não possam ser hackeados.

Os governos dos países-membros da UE devem sentir os benefícios da constelação de satélites em serviços de proteção de infraestruturas críticas, vigilância, apoio à ação externa ou gerenciamento de crises. O programa tem o objetivo de fortalecer a resiliência e a soberania do bloco europeu.

Em comunicado, o Conselho da UE afirma que aprovou o regulamento por acreditar que o programa contribua para a transição digital da região e para a Global Gateway, uma estratégia europeia que visa a promover conexões inteligentes, limpas e seguras no setor de tecnologia digital. Além disso, a constelação deve providenciar conectividade segura em áreas geográficas de interesse estratégico para além das fronteiras da Europa, como a região do Ártico e a África.

“Ter um sistema de comunicação baseado em satélite também pode garantir serviços de telecomunicações rápidos e seguros, mesmo quando as redes de comunicação terrestres forem interrompidas, por exemplo, por desastres naturais, terrorismo ou ataques cibernéticos”, afirma o Conselho.

O programa conta com um orçamento de 2,4 bilhões de euros (aproximadamente R$ 13,21 bilhões).

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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