TSE vai avaliar falhas no uso da biometria nas eleições
Falhas nas coletas de dados dos eleitores que usaram a biometria, no primeiro turno das eleições, podem ser sanados ainda antes do segundo turno, marcado para o próximo dia 28, conforme informação do Superior Tribunal Eleitoral (TSE). Para isso, a corte vai analisar as informações contidas nos arquivos de log das urnas eletrônicas, que contêm as principais informações sobre a votação, incluindo as relativas ao reconhecimento biométrico do eleitorado.
No dia da eleição, problemas no uso da biometria foram verificados em diversos estados, onde se formaram filas extensas, com esperas superiores a três horas. Este ano, a tecnologia estava disponível para 73,3 milhões de eleitores, ou 50% de todas as pessoas aptas a votar no país. Nas eleições de 2014, a biometria estava disponível para 21,7 milhões de pessoas, ou 15,2% do eleitorado.
O TSE disse que avaliará diferentes aspectos da identificação biométrica, como o nível de precisão da identificação do eleitor pelo equipamento utilizado nas seções eleitorais. “A partir dessa avaliação, a Justiça Eleitoral poderá adotar, se necessário, medidas que possam contribuir para aprimorar a identificação biométrica do eleitorado, tal como vem ocorrendo com regularidade desde que essa modalidade de identificação passou a ser adotada pela Justiça Eleitoral em 2008”, diz a nota do TSE.
O bom funcionamento da biometria é importante para atender outro projeto do governo, de criação da Identificação Civil Nacional (ICN), com o objetivo de identificar o brasileiro em suas relações com a sociedade e com os órgãos e as entidades governamentais e privados. De acordo com a norma, a ICN utilizará a base de dados biométricos da Justiça Eleitoral e as bases de dados do Sistema Nacional de Informações do Registro Civil (Sirc), criado pelo Poder Executivo Federal, e da Central Nacional de Informações do Registro Civil, instituída pelo Conselho Nacional de Justiça, além dos institutos de identificação dos estados e Distrito Federal.