TIM vai dobrar remuneração a acionistas pelos próximos três anos
A TIM Brasil vai dobrar a remuneração dos acionistas pelos próximos três anos, de 2024 a 2026. A companhia informou o fato à CVM na manhã desta quinta-feira, 7. Ao todo, a empresa prevê pagar de R$ 11,8 bilhões a R$ 12,2 bilhões aos sócios.
Isso equivale a cerca de R$ 4 bilhões por ano – a título de comparação, no guidance de 2023 a companhia previu pagar R$ 2,3 bilhões.
A companhia também soltou previsões para outras frentes. Informou que terá expansão de 5% a 7% das receitas neste ano de 2024, e de 5% a 6% ao ano até 2026.
O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações, amortizações e juros) vai crescer entre 7% e 9% este ano, e terá alta de 6% a 8% ao ano no triênio.
Os investimentos do grupo permanecerão estáveis, embora reduzam proporcionalmente à receita gerada. Para este ano, a previsão de investir entre R$ 4,4 bilhões e R$ 4,6 bilhões. O montantes será o mesmo ano a ano até 2026.
A TIM Brasil diz ainda que o fluxo de caixa operacional (EBITDA-Capex, deconsiderando alugueis) ficará em “dois dígitos” ao longo do período.
“Para esse novo triênio, a TIM pretende continuar desenvolvendo e executando essa estratégia com adequações ao ambiente macro econômico e de negócios do Brasil”, diz no fato relevante.
Informa que, para a sua principal linha de negócios, a telefonia móvel, projeta melhoria impulsionada por uma dinâmica de mercado “mais racional” e com os clientes focados em “valor e qualidade”, essencialidade do serviço móvel, oportunidade de “incremento de uso com aumento da demanda por dados”, e “acessibilidade de preços”.
Com isso, prevê crescimento da receita de serviços acima da inflação, expansão do EBITDA e da margem. “Tudo isso possibilitará a Companhia a continuar evoluindo na sua estratégia de remuneração a seus acionistas e reinvestindo em avenidas de crescimento como o B2B e a Banda Larga”, afirma.
A TIM não está sozinha no movimento de elevar a remuneração a acionistas. A Vivo anunciou iniciativa semelhante nesta semana. Vale lembrar que ambas as empresas são controladas por grupos estrangeiros – no caso da TIM, pelo Grupo TIM (antiga Telecom Italia), que vem reestruturando negócios a fim de reduzir o endividamento de € 32 bilhões.