TIM vai desligar data centers de TI em dois anos

Empresa focará investimento em data centers de rede e entrega de conteúdo local, deixando o backoffice rodando na nuvem de Google, Microsoft e Oracle
Foto de um dos data centers do Google
Foto de um dos data centers do Google (Imagem: Divulgação)

A TIM vai desligar os data centers próprios de TI e utilizar os serviços de nuvem de Google, Microsoft e Oracle no lugar. O anúncio aconteceu hoje, 1º, durante evento no qual a companhia apresentou seu plano industrial para o triênio de 2021 a 2023.

Com a migração de todos os sistemas de TI da companhia para a nuvem de terceiros, haverá economia de 25% na área, explicou Leonardo Capdeville, o CTIO da TIM.

A empresa já começou a migrar sistemas que estão em estruturas próprias para a nuvem dos parceiros. Em 2021, serão transferidas a plataforma de relacionamento com clientes (CRM) e o conjunto de Big Data. Em 2022 será a vez de transferir os sistemas de relacionamento com canais. Em 2023, todo o sistema de cobrança já vai rodar fora da TIM.

Conforme o executivo, além de custos, haverá ganhos de tempo para desenvolvimento de novos produtos pelo departamento de marketing, uma vez que vários silos de dados hoje espalhados pela empresa serão integrados. Assim será com o CRM, por exemplo, que atualmente está espalhado pelo Brasil em clusters regionais. Tudo será unificado e possibilitará o desenvolvimento graças à adoção de ferramentas de microsserviços.

Em compensação…

A migração dos sistemas de TI para a nuvem de terceiros não significa, porém, que a TIM deixará de ter data centers. Eles seguem fundamentais, mas agora ficam na borda da rede para melhorar a qualidade do serviço, já de olho na rede 5G.

A tele começou 2021 com 36 data centers de rede edge. A meta é terminar o ano com 46. E até o final de 2023, serão 67. Estas unidades vão absorver as funções virtualizadas de rede e vão armazenar conteúdo OTT para acelerar a entrega aos clientes, por exemplo.

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Rafael Bucco

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