TIM retoma crescimento e fecha março com receita de R$ 3,95 bilhões

Operadora reverte queda nas receitas com bom desempenho do segmento de serviços de valor adicionado (SVA) e dados móveis. O lucro no primeiro trimestre do ano também cresceu, atingindo R$ 132 milhões. Empresa reduziu investimentos, mas promete acelerar o Capex até o final do ano.

economia-global-mundo-mapa-globo-dinheiro-moeda-936x600A TIM divulgou na noite desta quinta-feira 27, seu balanço financeiro para o primeiro trimestre do ano, que marcou a volta da empresa ao crescimento de receita. A companhia registrou aumento de 2,5% ano-a-ano nesta rubrica, que atingiu R$ 3,95 bilhões.

O resultado veio do bom desempenho da venda de serviços de valor adicionado e receita móvel inovativa (consumo de dados), cujos faturamentos cresceram 24,9% e 30,7%, respectivamente, finalmente compensando o impacto negativo da queda do valor da VU-M, a tarifa de interconexão de chamadas originadas em redes de outras operadoras, e do menor uso de voz, que encolhei 10%.

O ARPU terminou o primeiro trimestre em R$ 19, após avançar 10,9% em relação ao mesmo período de 2016. Foi o quinto trimestre consecutivo com sólido crescimento. “O ARPU de SVA teve o seu melhor resultado histórico, um crescimento sólido de 33,5% A/A, confirmando os SVA como responsáveis pela melhora da receita”, diz a empresa.

O lucro líquido do grupo foi de R$ 132 milhões. O número é 3,3% maior que um ano antes. O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciação e amortização) reportado ficou em R$ 1,26 bilhão, alta de 12,7%. Foram impactados positivamente pela redução de custos operacionais, que após caírem 1,6%, somaram R$ 2,68 bilhões. Apesar desses aumentos, o lucro por ação ficou estável, de R$ 0,05 por papel.

Ao mesmo tempo em que expandiu a rede 4G, a empresa reduziu os investimentos em 5,8%. O Capex no período foi de R$ 669 milhões. A maior parte do dinheiro foi destinada a infraestrutura 3G e 4G, que alcançou 1.322 cidades. A TIM espera acelerar os investimentos nos próximos trimestres e fechar o ano com Capex de R$ 4 bilhões.

A companhia encerrou março com dívida de R$ 8,43 bilhões, com quase a totalidade em títulos de longo prazo, e 15% em moeda estrangeira. A relação dívida líquida/EBITDA ficou em 0,82x, maior que o 0,67x do primeiro trimestre de 2017 em função do pagamento pela limpeza do espectro de 700 MHz.

A operadora registrava 26,8 milhões de usuários 3G, uma queda de 27,8% ano-a-ano, e 19,7 milhões de clientes com acesso LTE (4G), aumento de 115% ano-a-ano. Mais de 74% dos assinantes usam smartphone. No pós-pago, obteve 415 mil novos assinantes, sem contar M2M. O segmento pós já representa 25% da base.

A companhia terminou o trimestre com 61,8 milhões de acessos, 8% menos que um ano antes. Os desligamentos aconteceram no pré-pago, no qual continua o movimento de limpeza de base, motivado pela consolidação do uso de múltiplos chips em um só por parte dos usuários. Com isso, a TIM tirou de sua base mais clientes que a retração média do mercado – este encolheu 5,8% no período. O fenômeno contribuiu para aumento do churn a 13,6%.

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Rafael Bucco

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