TIM renova contratos de fornecimento de rede com Ericsson e Huawei

Renovação de contrato com Ericsson e Huawei é parte do foco em celular da TIM. CEO da companhia, Alberto Griselli, diz que grupo não tem interesse, no momento, em comprar provedores de banda larga em fibra óptica.

acordo, contrato (freepik)

A TIM renovou os contratos de fornecimento de equipamentos e serviços relativos à implantação de redes móveis em todo o Brasil com Ericsson e Huawei. Pelos termos, ambas as empresas vão fornecer sistemas 4G e 5G para a operadora.

A contratação prevê que a Huawei seja responsável pela rede da TIM no Sul (Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná), Rio de Janeiro e Espírito Santo. Os demais estados têm infraestrutura da Ericsson. O tempo de validade dos acordos não foi revelado.

A TIM já havia contratado ambas as fornecedoras há três anos para implantar 4G no Brasil, contratos que tiveram aditivos para prever o 5G a partir da realização do leilão de espectro pela Anatel em novembro de 2021.

Segundo Leonardo Capdeville, CTIO da operadora, os contratos são semelhantes, mas atualizados.

“Ambas as empresas seguem com um market share bem próximo [da nossa rede]. O objetivo dessas contratações é aproveitar ao máximo a sinergia que existe na implantação single RAN e ganharmos mais velocidade na implantação. Em resumo, a gente simplifica a rede e ganha mais velocidade [na construção]”, falou em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira, 9.

Foco no mobile

O CEO da TIM, Alberto Griselli, também informou que a operadora não pretende, por ora, comprar nenhum provedor de internet. Segundo ele, o foco atual da companhia é ser “mobile first”, ou seja, ampliar a rede celular 5G a fim de atrair a parcela de assinantes de maior valor, no pós-pago.

A observação se deu após ele explicar como enxerga o desenvolvimento do mercado de fibra óptica no país. A TIM tem contrato de uso de rede neutra para vende de banda larga fixa no país todo com I-Systems, da qual é sócia, e com a V.tal, cuja rede é utilizada nas cidades onde não há presença da I-Systems.

Segundo ele, a tendência é de que ISPs maiores consolidem os menores e, conforme ganhem massa, passarão a ser opção de compra dos grupos multinacionais interessados em consolidação. Até este ponto, opina, ainda vai levar algum tempo.

“Quando as operadoras vão consolidar ISPs, não dá para falar. Estamos neste momento implementando o modelo asset light junto a V.tal e I-Systems, pois é o que atende nosso apetite. Não estamos com plano de consolidar, estamos com foco em ‘pure mobile’, e a fibra é uma opcionalidade para nós”, disse Griselli.

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Rafael Bucco

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