TIM quer escalonamento das metas para infraestrutura

Cidades menores podem receber rede de transporte de menor capacidade, que seria melhorada com o tempo, defendeu a empresa na consulta pública sobre 5G feita pelo MCTIC.

A TIM propôs, em sua contribuição na consulta da estratégia brasileiras de redes 5G do MCTIC, um escalonamento do investimento obrigatório em infraestrutura que deverá aparecer no edital do próximo leilão de frequências da Anatel.

Segundo a empresa, as metas exigidas podem ser de acesso, em linha com o que aconteceu em editais passados, mas não seria a melhor solução. “A infraestrutura de transporte, pela sua potencialidade habilitadora de outras tecnologias e um incremento de competição no acesso, poderia alavancar melhores resultados de médio e longo prazo do que o foco em universalização do acesso”, defendeu.

Para tanto, diz a empresa que as obrigações precisam ser estabelecidas conforme a região do país. De nada adianta instalar rede de 10 Gbps em uma cidade com menos de 30 mil habitantes, avaliou.

“Poderiam ser vislumbradas duas fases de investimento: entre 2022 e 2026, implantar a capacidade de backhaul fibra óptica proporcionalmente à demanda projetada para o município, a se iniciar em 1 Gbps, excetuadas desse limiar mínimo as regiões em que as características topográficas e socioeconômicas demonstrem inviabilidade
de implementação de fibras ópticas; entre 2027 e 2032, aprimorar a capacidade dos sistemas ópticos, sempre planejado de forma a atender a projeção de demanda da região, para se modernizar a disponibilidade para 10 Gbps”, disse.

Assim como Claro e Vivo, a tele cobrou também clareza quanto à limpeza de espectro e harmonização para o próximo leilão. E reforçou o coro para uma forma de fazer com que a Lei das Antenas seja efetiva e permita o licenciamento ágil para instalação de small cells.

“Nesse sentido, dar efetividade a Lei das Antenas, por meio de regulamentação a ser realizada por este Ministério e focar em regras para dispensa de licenciamento e isenção de taxas para as small cells (mesmo após as alterações realizadas no arcabouço regulatório das femtocélulas) devem ser estudadas com o intuito de facilitar a implantação de tais equipamentos, tidos como indispensáveis para o 5G”, acrescentou.

Assim como a Oi, a companhia pediu ainda facilidade para o compartilhamento de postes, dutos e valas. “O estímulo ao compartilhamento de infraestrutura passiva entre prestadoras, deve constar expressamente do rol de oportunidades de atuação da Estratégia Brasileira de Redes de Quinta Geração (5G)”, opinou.

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Rafael Bucco

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