TIM perde receita mas lucro cresce 14% no 3º tri
A TIM acaba de divulgar o seu resultado operacional do terceiro trimestre de 2016. E apresentou uma queda na receita líquida de R$ 3,899 bilhões, redução de 5,3% em relação ao mesmo período do ano passado, quando apresentou resultado de R$ 4,116 bilhões. Mas o lucro líquido aumentou para R$ 200 milhões, contra R$ 175 milhões de 3T de 15. Esse lucro refere-se ao resultado sem o impacto da venda das torres ocorrido no terceiro trimestre do ano passado. Se for considerada venda, a queda do lucro é de 48,7%, quando foi registrado lucro de R$ 359 milhões.
Como destaque, a empresa aponta 22,5% de penetração de pós-pago. A operadora já está com a tecnologia de dados 4G em 746 cidades, mais do que o dobro do segundo colocado, atingindo 66% da população brasileira.
O Ebitda (fluxo de caixa) foi de R$ 1,303 bilhão, um ligeiro crescimento frente ao mesmo período do ano passado, que apresentou R$ 1,296 bilhão para esse indicador. Os investimentos caíram 4%, para R$ 1,122. No mesmo trimestre do ano passado foram investidos R$ 1,168 bilhão.
Segundo a empresa, o Ebitda volta a ter um crescimento positivo e a sua margem fica normalizada, com 33,4% neste terceiro trimestre, contra 31,5% do segundo trimestre do ano. A nova direção confirma o seu “olhar mais atento” à evolução de dados e a busca da monetização do 4G. O tráfego de dados em aparelho 4G já é 53% sobre o total de tráfego da operadora.
Houve uma recomposição de preços no pacote da operadora em meio a um “ambiente competitivo melhor”. O plano Infinity – de voz e dados, a tarifa que era R$ 0,75 foi para R$ 0,99. E o Liberty Controle, que era o Controle antigo, passou de R$ 32,00 para R$ 35, 90.
Base
A TIM fecho o trimestre com menos 13% de clientes, onde sua base passou de 72,573 milhões no terceiros trimestre de 2015 para 63,247 milhões no terceiro trimestre deste ano. Esta queda se deve ainda ao movimento das empresas, que estão retirando de sua base os clientes do pré-pago inadimplentes, e investindo na busca dos clientes pós-pagos, desde que a Anatel resolveu mexer na tarifa de interconexão da rede móvel – a VU-M – o que acabou por tornar sem receita os celulares que só recebiam ligações.
Assim, neste trimestre, a TIM perdeu 16,6% de sua base pré-paga – passou de 58,7 milhões para 49 milhões e ganhou 3% no pós pago, de 13,8 milhões em 2015 para 14,2 milhões neste período de 16.
Para a empresa, há ainda um “ambiente macro encorajador, com a redução da inflação com a melhor confiança do consumidor e da indústria”.