TIM: lucro cresceu 1,7% no 1º trimestre de 2023
A TIM divulgou na noite desta segunda-feira, 8 de maio, os resultados do 1º trimestre de 2023, em que apresentou lucro de R$ 412 milhões, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2022. Os dados refletem a aquisição pela empresa de ativos que eram da Oi móvel, entre infraestrutura, espectro e clientes, o que ampliou a geração de receita da companhia. As receitas terminaram março com alta de 19,3%, somando R$ 5,64 bilhões.
A empresa diz que em março terminou todas as etapas do processo de integração de ativos da Oi Móvel. Todas a infraestrutura e migração de clientes foi concluída e 1,5 mil torres redundantes adquiridas no pacote foram desligadas e desmontadas.
O balanço da TIM no primeiro trimestre mostra alta de 20,2% ano a ano nas receitas do serviço móvel, R$ 5,15 bilhões. A área que mais cresceu foi justamente a de clientes, com expansão de 23,6% em função da incorporação de quase 10 milhões de clientes que eram da Oi. O ARPU Móvel Normalizado (receita média
mensal por usuário) atingiu R$ 27,9 no trimestre (+1,7% A/A), retomando o crescimento anual, apesar
do efeito diluidor gerado pela adição dos clientes vindos da rival.
A “plataforma de clientes”, área da TIM dedicada a novos negócios digitais e com startups, encolheu 10,9%, registrando receita de R$ 32 milhões.
Na banda larga fixa, a operadora cresceu 9,4% em receitas, para R$ 209 milhões no trimestre.
O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações, amortizações e juros) da companhia foi de R$ 2,57 bilhões, alta de 22,5% sobre o primeiro trimestre de 2022. A margem melhorou: passou de 44,5% no começo do ano passado para 45,7% agora.
O lucro líquido da empresa só não cresceu mais por conta de incidência não recorrente de tributos. Estes saltaram 246% no trimestre. Caso esses itens não recorrentes fossem desconsiderados, o lucro aumentaria 4,3% em relação ao primeiro trimestre de 2022, para R$ 437 milhões agora.
O Capex (investimento de capital) diminuiu 3%, para R$ 1,28 bilhão. A empresa explica que a queda se deveu a menores aportes em “TI e Outros”. A companhia avisa que este patamar não será mantido e são esperadas “quedas mais relevantes ao longo do ano de 2023”.
O endividamento líquido da companhia era de R$ 15 bilhões, 1,4x o EBITDA Normalizado. Um ano antes, era de R$ 15,88 bilhões, 1,7x o EBITDA Normalizado.
Resultado operacional
Na comparação entre o começo de 2022 e o começo de 2023, a operadora ampliou a base de clientes em 18% em função da aquisição de carteira da Oi Móvel em abril do ano passado. Com isso, chegou a 61,72 milhões de assinantes ao fim de março último.
Destes, 35,65 milhões eram pré-pagos e 26 milhões, pós-pagos. Do total, 55 milhões eram usuários 4G e 1,92 milhão, 5G. Em termos de participação de mercado, a TIM terminou o trimestre com 32,1% no pré, 18,6% no pós (considerando M2M), e 21,5% considerando apenas o pós-pago “humano”.
Na banda larga por fibra, a companhia cresceu 6,3% em número de clientes, e chegou a 732 mil, dos quais, 592 mil em FTTH (fibra direto ao domicílio), conseguindo migrar parte da base que utilizava FTTC (fibra até o armário da operadora no bairro). Os assinantes FTTC caíram 44,4%, para 140 mil.