TIM inicia teste de campo com a 5G na faixa de 3,5 GHz
A TIM anunciou hoje, 22, o início de testes de campo com a tecnologia 5G na cidade de Florianópolis, em Santa Catarina, em parceria com a Fundação CERTI e a Huawei. Segundo o CEO da operadora, Pietro Labriola, a intenção é testar a tecnologia para ser usada como uma rede fixa Wireless Acess, para conferir até que ponto a 5G poderá substituir a rede fixa de fibra óptica (FTTH). Também serão testados serviços como realidade virtual e, em breve, carros autônomos.
“Queremos entender melhor a tecnologia, e por isso, estamos saindo do laboratório e partindo para o campo”, afirmou. O executivo assinalou que a empresa é ecumênica em relação à tecnologia, e lembrou que já firmou acordos com os outros dois grandes fabricantes de redes de 5G- as europeias Nokia e Ericsson. Com esses vendors, os projetos são desenvolvidos nas cidades de Campina Grande, na Paraíba, e Santa Rita do Sapucaí, em Minas Gerais. Essas duas parcerias envolvem também as universidades. Na Paraíba participa a Universidade Federal de Campina Grande e, em Minas Gerais, o parceiro é o Inatel. ” A TIM quer ser pioneira e líder da 5G, tanto no Brasil como na Itália”, acentuou.
Riscos da 5G
O executivo alertou, em painel do Telebrasil 2019, que tecnologia de quarta geração gerou um grande aumento de tráfego de dados, e com a 5G, o crescimento será muito maior. Defendeu que o país resolva problemas atuais, para não provocar riscos à 5G. “Para chegarmos à 5G, temos que resolver os problemas da 4G”, defendeu.
Entre as questões que, no seu entender, precisam ser resolvidas rapidamente estão a liberação para a instalação das antenas de celular. Isso implica resolver o marco legal local. Sugeriu também a necessidade de se assegurar que a rede de banda larga de alta capacidade – o bakchaul – aumente a sua capilaridade e seja sempre compartilhada. ” Não faz sentido furar o chão três vezes”, afirmou.
Labriola voltou a defender que as próprias operadoras devam defender melhor o que fazem, passando a tratar o celular como um serviço crítico, já que ninguém consegue mais ficar muito tempo sem o seu acesso, de maneira a monetizar melhor as ofertas. “A TIM investiu R$ 32 bilhões em oito anos, para o preço nominal do serviço continuar o mesmo. Não faz sentido”, ponderou.