TIM deve ter resultados “decentes” no quarto trimestre de 2022, aponta BTG Pactual

Lucro líquido deve ter queda de 39% na comparação com o mesmo período do ano anterior; instituição financeiro, no entanto, sinaliza que, após concluir aquisição dos ativos móveis da Oi, ganhos devem retornar a “níveis normalizados”
BTG estima resultados "decentes" da TIM no quarto trimestre de 2022
Resultados da TIM devem melhorar após a conclusão da aquisição dos ativos móveis da Oi, indica BTG (crédito: Freepik)

A TIM deve anunciar resultados “decentes” no que diz respeito ao seu desempenho no quarto trimestre do ano passado, acreditam analistas do BTG Pactual, segundo relatório divuldado nesta segunda-feira, 16. A expectativa, contudo, é de que o lucro líquido diminua.

Para os analistas do banco de investimento, o lucro da operadora também deve ser espremido ao longo de 2023, sobretudo em razão da aquisição dos ativos móveis da Oi. “Assim que os impactos do negócio forem totalmente incorporados, esperamos que os lucros retornem a níveis mais normalizados em 2024”, indica relatório da instituição financeira.

A projeção do BTG é de que o lucro líquido registrado entre outubro e dezembro de 2022 fique em R$ 471 milhões. Embora estável ante o terceiro trimestre, o resultado sinaliza queda de 39% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de R$ 768 milhões.

No ano de 2022 como um todo, o lucro estimado é de R$ 1,68 bilhão. Se confirmado, o resultado será 23% menor do que em 2021 (R$ 2,20 bilhões).

Ainda sobre o quarto trimestre, a análise do banco aponta que a receita de serviço da operadora aumentará 22,1%, com a faturamento do setor móvel crescendo ainda mais (23,1%), na comparação anual.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado deve chegar a R$ 2,9 bilhões, com margem de 49,8%. Os investimentos (capex), por sua vez, devem somar R$ 1,5 bilhão, no trimestre, e R$ 4,8 bilhões, no acumulado do ano.

Sinalizando que 2023 deve ser um período de resultados modestos, o BTG destaca que, nos primeiros dias de janeiro, as ações da TIM caíram 6,2%, perdendo para o Ibovespa (alta de 1,1%) e para a rival Vivo (2,2%).

Em julho do ano passado, o BTG Pactual substituiu a corretora Genial como formador de mercado da TIM. O contrato é de um ano, podendo ser prorrogado por igual período.

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Eduardo Vasconcelos

Jornalista e Economista

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