TIM cria start up para cuidar de IoT e analytics
Para conseguir colocar foco na inovação e estimular adequadamente os projetos nas áreas de Internet das Coisas e Analytics escolhidos pela empresa como relevantes, a diretoria da TIM decidiu criar internamente uma unidade, tratada como se fosse uma start up. Ainda sem nome de batismo, a unidade contará com 15 profissionais, 30% do time interno e 70% contratados no mercado, principalmente cientistas de dados, que terão como gerente executivo Harding Leite. Localizada no escritório da operadora em São Paulo, a unidade vai ser responsável pela operação M2M da TIM e pelo gerenciamento dos projetos de IoT e analytics.
“‘E uma start up que já nasce com faturamento de R$ 50 milhões ao ano”, comenta Luis Minoru Shibata, vice-presidente de Estratégia da TIM. Segundo ele, antes de tomar essa decisão, diretores visitaram várias empresas no exterior para ver como tratavam a inovação. “E não foi apenas gente da área de tecnologia, mas de RH, da área jurídica, de planejamento. Isso permitiu uma visão bastante abrangente”, diz Minoru, lembrando que, superados os problemas financeiros da empresa, sua direção voltou a olhar a inovação mais a médio prazo. E o atual presidente, Stefano De Angelis, passou a se reunir com seus diretores mais próximos e representantes de várias áreas da empresa para analisar um conjunto de iniciativas nas áreas de IoT e Analytics e decidir que projetos deveriam ser mantidos.
Entre os projetos selecionados, na área de IoT, Minoru cita um sensor para trator, fabricado pela Solinftec e que usa a rede celular da TIM para a área de agricultura, exposto durante a Futurecom 2017; um projeto de mapeamento de unidades de pronto atendimento de ofertas de serviços e disponibilidade de atendimento (tamanho da fila) em parceria com uma prefeitura do estado do Rio de Janeiro, mapeamento este feito por meio de câmeras; um sensor de estacionamento; e um projeto de fiscalização da orla da cidade do Rio de Janeiro, em parceria com a Huawei e o Corpo de Bombeiros, para garantir a segurança no mar.
Segundo Minoru, entre esses projetos, há alguns maduros prontos para a industrialização, ou seja, para serem replicados e comercializados por parceiros, e outros ainda em prova de conceito, caso do sensor de estacionamento, por exemplo. Agora, a Tim prepara um vacathon, que vai ser montado em uma fazenda produtora de leite coberta com rede de 700 MHz onde as start ups poderão desenvolver apps para esse ambiente.
Todas as iniciativas da Tim partem do princípio de que a empresa e seus parceiros vão desenvolver todas as aplicações para a rede LTE-M1, a versão para IoT. “Não faz sentido investir em outra infraestrutura que não tenha interoperabilidade”, disse. Mas admite poder usar, eventualmente, redes dedicadas de terceiros.
Já no segmento de analytics, a TIM já tem algumas experiências mais consolidadas no uso de dados padronizados, como o Mapa de Deslocamento de Massa Online, desenvolvido em conjunto com a Prefeitura do Rio de Janeiro para monitoramento de grandes eventos (Olimpíadas e Carnaval 2017). O projeto, que permite acompanhar o deslocamento das pessoas pelos dados do celular e saber sua origem e destino, já se transformou em produto. Pela sua qualidade, ganhou o 1 lugar no categoria Operadoras de Serviços de Comunicações do Anuário Tele.Síntese de Inovação 2017.